quinta-feira, 18 de setembro de 2008
A Pedra
Por que essa confusão
Dentro de mim?
Que explode em profusão
Me deixando assim...
Minha mente em débil socorro
Castiga minh'alma sem piedade
E é dabalde de mim qualquer esforço
De querer esconder uma sutil vivacidade
Esperteza que brinca com este sentimento
Que aflora sorrateiro inquietante
E que para cada novo momento
Esquece um outro bem frustrante
Meus pensamentos em rodopios
As vezes suaves ou contrafeitos
Me mostra da vida pequenos desvios
Que suaviza a dor desse meu peito
Mas porque tanto questionamento
Pois se na nossa caminhada
Em meio aos grandes deslizamentos
Para mover-nos das grandes paradas
Surge sempre uma bendita pedra
Que calma como um remanso
Decidida nos livra das quedas
Se transformando em nosso anjo
E como uma rocha que não se abala
Erguesses em minha defesa
Aquela voz que nunca cala
E que persiste sempre benfazeja
E como afirmasse ser
Uma pedra no meu caminho
Que bom se todos pudessem ter
Uma pedra que só emana carinho
E foi na firmeza dessa pedra altiva
Que encontrei a paz tão desejada
Essa paz hoje tão indescritível
Que só a sente quem é amada
És a sombra repousante e calma
De uma existência antes tão dura
E foi na nobreza da tua alma
Que descobri a amizade pura
És para mim tão perfeito
Mas tão cheio de virtudes
Que surgindo qualquer defeito
A minha alma não se fará incute
És por demais precioso
Es para mim um bem tão caro
Que qualquer termo duvidoso
Me mostra que és um presente raro.
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