quinta-feira, 28 de abril de 2011

Teu Cotidiano


Houve uma época em que éramos muito amigos
Dessas amizades que nada consegue separar
Esse laço sempre nos manteve tão unidos
Que muitas vezes até dava o que falar

Mas infelizmente já não é mais assim
É que os problemas do teu cotidiano
Parece ter posto a tanta beleza um fim
Já não há espaço para algo tão puritano

Hoje,o seu silêncio as vezes é tão gritante
Que transborda de tristeza os dias meus
E talvez por nos encontrarmos meio distantes
Tenho sentido a sensação de um breve adeus

Quisera que um dia consigas um pouco de tempo
Só espero que não seja um pouco tarde demais
A vida, as vezes é como uma vela acesa, ao vento
Um sopro mais forte e tudo dessa vida fica para trás

Pode até ser que infantil eu esteja sendo
Ou quem sabe, até mesmo um tanto dramática
É que na vida,tempo não posso estar perdendo
já que nem saúde deixa de ser uma problemática

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sem Chances



Dentro de mim surgiu uma grande tristeza
Dessas que não sabemos no que vai dar
Ela é contínua e minha única certeza
É que por muito tempo não irei suportar

Ela desestrutura todos os meus sentimentos
E a sinto como se tivesse vindo pra ficar
Como se não bastassem todos os meus tormentos
Esse é um daqueles que só sabe as vidas arruinar

Ela as vezes invade a minha alma de forma tão cruel
Que penso que o melhor mesmo seria eu nem existir
E sinto-a transbordando na minha vida como um fel
Que eu aos poucos vou sorvendo sem nada exigir

E ela quando me chega assim tão forte e sorrateira
Minando qualquer resquício de parcas alegrias
É como se fosse assim, uma respiração derradeira
Sem nenhuma chance para o nascer de um novo dia

Das Cinzas


Aconteceu... Mas precisamente há alguns anos
Quando uma certa jovem pra vida, cedo morreu
Em seus segredos foi aos poucos se enterrando
E assim,o melhor da vida ela pouco conheceu

Nela, o fogo da vivacidade nunca se alastrou
Ao contrário... Ele pouco a pouco sucumbiu
Num monte de cinzas aquela vida se transformou
Pois foi esse o preço que o destino lhe exigiu

Com o passar do tempo ressurge das cinzas,afinal
Mas não conseguiu brilhar, como ela sempre o fez
Aquele renascimento tinha tudo para ser triunfal
Na verdade ela parece ser outra criatura,dessa vez

E não importando quanto tempo nas cinzas permaneceu
Já que o seu olhar desbotara,da vida perdera o sentido
Quando da tormenta desse amor que ela um dia conheceu
Mas esse sentimento resistiu,e no tempo não foi destruído

terça-feira, 19 de abril de 2011

Mundo Vazio


Hoje, fazendo uma análise da minha vida
Descobri que o tempo pra mim tem passado
Mas eu continuo aqui cada vez mais perdida
Em muitas vezes sem noção do certo e do errado

Perdi o que julgo ter sido o melhor dos anos
E o tempo da minha juventude passou muito rápido
O amadurecimento me encontrou mergulhada nos arcanos
Para mim a velhice se avizinha como um mal presságio

E mesmo que eu tenha tentado,ainda hoje não consigo
Mudar ao menos um pouco o rumo dessa minha história
Os anos vêm e se vão... E sempre são anos perdidos
Pois nada consigo mudar nessa minha vida simplória

Amigos eu quase não os tenho, ou até acho... Os perdi
Pois sempre fui vivendo dessa forma,quase invisível
Tão invisível quanto os anos que eu nem os senti
Quando passaram tristes, cruéis de forma impassível

Esqueci de viver cada um deles quando chegaram
E passaram por mim só deixando algumas marcas
No meu mundo vazio quase nada esses anos deixaram
E isso eu sempre percebo nas minhas horas vagas

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O Meu Maior Sonho


Não sei em qual esquina da vida
O meu amor próprio se desvencilhou
E cada situação se tornou menos sentida
É que em mim mais nada havia, só dor

Sempre fui tão sorridente e feliz
Pouco conseguia me entristecer
E quando eu menos esperava e pouco quis
Chegou de repente na minha vida, você

E num êxtase de mágica explosão
Em pouco tempo me arrebatasses
Para um mundo de profana emoção
Mas quando devias...Não parasses

Da vida muito apanhei...Sem compaixão
E nada fiz para evitar as muitas dores
Não demorou muito mergulhei na solidão
E no silêncio do que poderia ter sido amores

Nunca mais consegui ser o que fui outrora
E assim num iceberg à deriva me transformei
E foram tantas as vezes que pensei ir embora
Em busca do maior sonho que na vida sonhei

Mas aqui fiquei e aos poucos me anulei
Meus sonhos em pesadelos se tornaram
E vi ser impossível o que sempre busquei
A alegria e a esperança me abandonaram

Continuei a passos estreitos e tortuosos
Querendo da vida só me esconder
E aquele meu olhar dantes tão cobiçoso
Se perdeu na distância levado por você

Não mais se ouviu aquele riso cristalino
Que um dia a muitos, tanto encantou
Na minha vida o grande se tornou pequenino
E o pequeno com o tempo se apagou

Novos rumos fosses dando em sua jornada
Eu aos tropeços continuei a caminhar
Pelo prazer nunca mais fui abraçada
Meu viver se resumiu apenas em sonhar

De sonhos em sonhos voltaram os pesadelos
Mas meus sonhos ainda tentei perseguir
Desses a maioria nunca pensei em conhecê-los
Apenas na minha mente eu os via surgir

Dei-lhes vida, mesmo na forma imaginária
Pois mais nada me restava a fazer
E foi da maneira mais inocente e primária
Que senti que o meu maior sonho ainda era você

Forma Mais Viva


Quantas vezes pensei da vida desistir
Mas covarde... Pela vida me deixei levar
Nunca mais tive o prazer de sentir
Que valia a pena por algo lutar

E embora eu sempre tenha lutado
Mas isto nunca me tornou melhor
É que o meu mundo estava acabado
O que tornava tudo bem pior

Levada talvez por estranhas sensações
Fui me perdendo cada vez mais
Enterrando-me num mundo de falsas ilusões
E dessa forma fui aos poucos perdendo a paz

Hoje, diante de mim vejo que está tudo perdido
Minha alma que vive em constantes desencontros
Põe nos meus lábios um falso sorriso
Camuflando o que até hoje agoniza nos escombros

Escombros de uma vida tão vazia
Mergulhada no tédio e na solidão
Vida perdida, sem ter alegrias
Só tendo amarguras no coração

É dessa forma que a vida eu vejo
Sempre tentando a tudo esquecer
Mas afirmo sem receios e sem pejo
Que isto não se aplica a você

Perdi na vida o melhor que em mim havia
E infelizmente nunca o pude recuperar
Mas talvez eu disso também já sabia
Quando esqueci de outra vez amar

Na maturidade eu até que muito aprendi
E mesmo sem nunca parar de pensar em você
Continuar a sonhar é opcional, foi o que escolhi
Quando descobri que nunca deixei de lhe querer

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Resistindo No Tempo


Contradizendo todas as regras existentes
Percebi até com uma certa emoção
Que de todas as formas, até as indiferentes
Me faz conservar um grande amor no coração

Quando menina achei estranho e até assustador
Conviver com alguém de sentimentos tão fortes
E eu simplesmente era o seu primeiro amor
E era o mais belo sentimento e também o mais nobre

Os anos se passaram e você ansiosamente me esperou
E um certo dia, vencida, não sei por qual razão
Aceitei o seu mais puro e verdadeiro amor
E foi quando eu conheci a mais forte emoção

Fosses para mim sempre delicado e também sedutor
E ali foi nascendo uma grande cumplicidade
Eu era o seu tudo, O seu grande e inesquecível amor
A maior razão da sua incontestável felicidade

Se foi imaturidade ou não, jamais saberei
Mas foi algo que até hoje não pude descobrir
Só sei que ao seu lado pouco a pouco pequei
E não me arrependo, pois com você tudo pude sentir

Também não me importa quanto tempo durou...
E quando as tempestades chegaram foi sem aviso
Mas por nós eu vi que você bravamente lutou
Talvez tenha faltado brio...Fosses impreciso

A bonança surgiu, mas esta logo se desfez
Eu com o meu orgulho nada decidi fazer
Então você se foi...Uma...Outra vez...
E eu me vi aos poucos perdendo você

Decidi então sumir da sua vida e assim parti
Para terras estranhas, na ilusão de a tudo sobreviver
E foi ante o fracasso desse amor, que de tudo desisti
Era necessário eu ficar o mais longe possível de você

Meses se passaram e eu sozinha continuei
Mas sempre fazendo dos meus sonhos uma vaga esperança
De um dia por fim voltar e mostrar que tudo que passou
Nunca valeria a pena... Havia entre nós uma criança

Certa vez eu soube do seu desespero ao descobrir
Que a sua mulher e a sua filha haviam partido
E eu sei que você não era homem de logo desistir
Mas naquela ocasião você parecia ter desistido

Na verdade é que não sabias para onde havíamos ido
Acontece que a meu pedido ninguém ousou lhe contar
Então percebesses ser em vão fazer qualquer pedido
E com o coração apertado decidisses por nós esperar

Até que um dia, cansada de tanto sofrer
Após muito refletir decidi a minha terra voltar
E confesso que eu estava ansiosa para lhe ver
E quem sabe novamente podermos nos amar...

E você quando soube do meu regresso
Louco de saudades foi nos procurar
Mas o destino sempre cruel e perverso
Resolveu comigo mais uma vez brincar

Eu sei que sabes bem do que estou falando
Foi quando a vida resolveu me presentear
Mas você chegou e decidido foi ficando
Mas até o momento que você achou que devia ficar

E foi após uma linda noite de amor
Que eu o vi mais uma vez saindo da minha vida
Com desdém lhe sorri... Mas eu sorria da minha dor
Mas eu jamais teria outra reação que não essa descabida

E você se foi... E mais uma vez fiquei com a minha dor
Sempre perdida entre os escombros dos meus sonhos
Perdi pela segunda vez o meu grande amor
E mais uma vez fechei o meu coração de um jeito medonho

Poucos meses depois voltavas angustiado
Decidido finalmente a então nos levar
Porém o destino de maldades impregnado
Havia decidido ser hora de você chorar

Qual não foi a sua grande surpresa
Eu não mais estava a lhe esperar
Embora eu fosse do destino frágil presa
Eu decidira aquela história terminar

Eu sei que foi grande o seu sofrimento
Mas este nunca se comparou ao meu
O tempo lhe concedeu novos sentimentos
Mas infelizmente o nosso amor não morreu

Essa foi a história que de nós guardei
Bem sabemos que foram momentos de grande prazer
Que por insensatez um dia tudo isso terminei
Sim...Terminei...Quando decidi não esperar você

Talvez essa seja mais uma história banal
Como tantas que acontecem e não se vê
Mas a nossa foi incomum, foi mesmo sem igual
Já que ela resiste no tempo por mim e por você

Pela Falta De Você


Eu queria na verdade simplesmente sumir
Já não suporto o cansaço dessa luta desigual
Por nada tenho conseguido fazer-me ouvir
Nem mesmo eu me entendo... Afinal

Olhando pra trás vejo quanto tempo perdido
E se olho para a frente não vejo nenhuma diferença
Mas lutar contra tudo e todos ainda tenho insistido
Mas sei que nada conseguirei... Só mesmo indiferença

E assim o tempo vai passando e os anos se vão
E com eles meus anos aqui também vão chegando
Já não tenho mais vivacidade em meu coração
Ao contrário... As vezes o sinto quase parando

Discutir com o tempo é na verdade tempo perder
Pois ele é inflexível e jamais voltará atrás
Querer recuperar o tudo que perdi inclusive você
É algo que não acontecerá, pois me sinto incapaz

E assim vou permanecendo presa no tempo
Com poucos motivos para aqui continuar
E superar tudo isso, muitas vezes até tento
Mas sei ser inútil todas as vezes que eu tentar

Se me olho no espelho a revolta me sacode
Pois o tempo insiste em querer me avisar
Que por mais que eu não queira e não suporte
A velhice em alguns anos, implacável chegará

Se é que para tanto ainda viverei
Pois é forte a sensação que venho tendo
Que muito pouco tempo ainda terei
Para dar "Murros em ponta de faca"como venho fazendo

E nessa minha luta, que sei foi sempre perdida
Tentei desesperadamente ao menos um pouco viver
Muito embora eu sempre soube que nessa vida
Eu nada consegui pela imensa falta de você

Morrer Aos Poucos


Eu hoje amanheci como sempre
Uma mente cansada num corpo exausto
As vezes até me sinto como um demete
Vivendo aérea... De um modo falso

Eu sei que essa vida é como morrer
Morrer as poucos... Todos os dias
E não há como ser diferente,pois sem você
Não há como encontrar na vida mais alegria

Em tantas vezes chego mesmo a pensar
Que estou com uma doença incurável
É como se a cada dia ela fosse me matar
Mas pra mim esse é um mal indispensável

Ainda ontem a noite ao chegar em casa
Vi diante do espelho do meu quarto, refletida
A imagem de um olhar morto,e este ardia em brasa
É que eu vinha pensando em você...Sempre perdida

E eu sinto que a cada dia que vai passando
Aumenta cada vez mais esse meu grande desejo
E assim vivo no tempo sempre buscando
Um jeito de finalmente vencer esse meu medo


Medo de nunca chegar a conseguir
Vencer o tempo, a distância e até a morte
E conseguir finalmente de uma vez decidir
Jogar duro contra a vida e contra a sorte

Tem sido para mim quase enlouquecedor
Fechar os olhos e lhe ver,abrir os olhos e lhe ouvir
Aumentando de forma descomunal essa minha dor
Pois eu sempre o vejo,o ouço,e penso até o sentir

Sentir as suas mãos sempre me tocando
E seus lábios com volúpia a me beijar
Se durmo sonho com você me amando
E se estou acordada o vejo de mansinho chegar

E nesses momentos tão fora da realidade
Que m fazem abraçar ainda mais minhas fantasias
E embora eu saiba que essa quase fatalidade
Só deixará falsas esperanças a minha mente doentia

Nunca pensei de um dia ainda dizer
Que nasci marcada de forma descomunal
Por amar assim como louca a você
e saber-me infeliz até o meu momento final

terça-feira, 12 de abril de 2011

Como É Difícil


Por que será tão difícil aceitar
Que aquele meu mundo já morreu
Que para mim mais nada haverá de chegar
Que eu possa dizer que seja apenas meu?

E como é difícil fazer-me entender,
Que o que eu mais almejo no tempo se perdeu
E que por amar e desejar dessa forma você
Foi o que um dia quase que me enlouqueceu

E saber que tudo que perdi devo ao tempo
Pois nunca chegou a fazer nada por mim
E que até me sinto perdida,ao sabor do vento
Sem nunca ter aceitado no meu ontem esse fim

Meu Deus como eu sinto ser quase impossível
Arrancar do meu pensamento o que tive por meu
E até hoje lembrá-lo,as vezes me torna impassível
Diante da imensa dor que foi perder-me do seu eu

Novamente Você


Mais uma vez estou aqui... Perdida
Pensando em nossa história de amor
E numa atitude meramente primitiva
Deixo espargir o que em mim restou

Eu queria ser como a garça que voa tranquila
Sem ter a certeza de onde irá descansar
Mas meus pensamentos qualquer ideia aniquila
E assim continuo pela vida afora a lhe buscar

E essa noite é mais uma como tantas outras,onde eu
Me desespero na inútil tentativa de o encontrar
Para amá-lo e poder sentir todos os toques seus
Os quais tantas vezes fez-me em seus braços delirar

Quisera fechar os olhos e finalmente perceber
Essa minha vida de desgostos, saudades e solidão
Chegou ao fim...E que eu tenho novamente você
Para preencher todo o vazio do meu coração

Entre Nós Dois



De repente meu rosto se torna lurido
E o meu olhar vai deixando transparecer
Um sentimento, nem com o tempo exaurido
Como esse desejo que tenho de lhe rever

A minha existência tão longe de ser feliz
Se perde entre os muitos sonhos desfeitos
E eu sempre estou lembrando do que não fiz
Para impedir o final de um sonho tão perfeito

Nunca poderei culpar a nenhum de nós dois
Por esse rumo tão perdido em minha vida
Talvez eu tenha deixado um pouco pra depois
De perpetuar em nós aquela magia tão atrevida

Um dia quando o tempo finalmente puder sentir
Toda a maldade que a mim um dia cruelmente impôs
Quem sabe ele possa por um momento me permitir
Reviver toda a loucura que aconteceu entre nós dois

domingo, 10 de abril de 2011

Cada Copo Que Sorvo


Nesse momento sentada numa mesa de bar
Meu olhar baço, até parece nada ver
Na alma um silêncio gélido quase sepulcral...
Levanto o copo, e ao entorná-lo, consigo perceber
O gosto amargo da bebida prestes a me sufocar
Então as lágrimas vêm e as consigo segurar
E nun sorriso triste me vejo a mascarar
Essa saudade imensa de você...

Lá fora a chuva cai muito forte
Mas dentro de mim, uma tempestade maior tento acalmar
E ao olhar o fundo do copo, parece até que me vejo
Porém meu semblante, com dificuldades consegue disfarçar.
Então penso que seria até bom uma embriagues
Quem sabe eu conseguiria de uma vez
Assassinar dentro de mim essa minha insensatez
Que não tenho conseguido de dentro de mim arrancar

Calmamente bebo um copo, depois outro
Na esperança dessa solidão me abandonar
Mas enquanto eu bebo vou pensando em você
E em todos os meus sonhos que não pude realizar
E entre tantos goles e alguns pensamentos
Vou tentando afogar todos os meus tormentos
Mas infelizmente todos esses lamentos
Não têm conseguido de nenhuma forma me ajudar

E cada copo que sorvo aumenta meu cálice de fel
E mesmo assim não me esforço em parar
Então me lembro da amargura daquele favo de mel
Que um dia com amor me desses para saborear
E foi de uma maneira tão perfeita e sem igual
Que eu de um jeito quase angelical
Absorvi todos os seus princípios e moral
Sem nunca pensar em lhe questionar

E hoje na tentativa de aliviar meus sofrimentos
Busco um jeito qualquer para tentar esquecer
Essa dor que até hoje de feri-me ainda insiste
Mas vejo como é inútil eu a isso querer
Pois nada consegue me dar mais alento
Que essa esperança absurda que eu penso
Verei chegar de volta e não será nas asas do vento
O meu maior sonho, que é simplesmente você

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Querendo Descansar


Estou querendo pegar os meus pensamentos
E contra o tempo, sem receios desfiá-los
Fazer uma rede e descansar ao sabor do vento
E sentir que meus desatinos não vou censurá-los

E com as minhas saudades que são cada vez maiores
Tecer um lindo lençol e com ele minha alma cobrir
E sem nada esquecer,observar tudo em seus pormenores
Tentando fazer dessa minha tristeza um outro porvir

De todas as minhas ilusões farei um travesseiro
Para nele repousar a minha cabeça,sem ter o que temer
Todas as recordações que me vêm do meu amor primeiro
Para finalmente em alguns minutos tentar a tudo esquecer

E por fim, deitarei lânguidamente para um descanso
E quem sabe assim poder tranquilamente adormecer
Mas os meus pensamentos com um certo ripanço
Sem eu esperar começou, fio por fio a rede desfazer

Meu lençol aos poucos foi se desfazendo no ar
E o meu travesseiro a mesma coisa também fez
Então percebi ser inútil querer descansar
Aí decidi aceitar meu destino sem queixas dessa vez

Então libertei meus pensamentos, e totalmente livres
Para com certeza fazer-me sonhar mais vezes com você
E a minha saudade, sempre companheira, e embora triste
Se prepara para não deixar-me de nenhum modo lhe esquecer

Mas tudo o que eu queria era poder descansar um pouco
Pois a minha alma já tão cansada não suporta mais sofrer
Mas o meu coração continua batendo frenético, como louco
Sempre que os meus pensamentos me trazem de volta você