domingo, 8 de novembro de 2020

Solidão A Dois

SOLIDÃO A DOIS


Parada diante do tempo
Com o coração angustiado
Relembro tristonha
De um outo passado
Pelas asas do vento
Um outo sentimento
Foi levado
Deixando apenas vestígios
De um sonho desejado

Sonho desfeito
Sonho acabado
Suspiro tristonho
Suspiro abafado

Inesperadamente
Surge um outro sentimento
Mais triste mais latente
Bem mais amargurado
Onde se apaga o deslumbramento
E tudo o mais já se foi
É triste
Se perde o encantamento
E surge desgraçado
Um outro sentimento

É a dor lancinante
Da terrível solidão a dois...
É dor amargurada
Se morre vivendo
Se vive morrendo
E antes que o dia amanheça
O silêncio da noite persiste
Dentro da alma já quase morta
Pelas cruéis ciladas do destino
Que dilacera o coração
De um amor que se julgava imortal

Persiste a dor
Grita calado
Num apelo mudo desesperado
Rasgando a alma como um punhal
Um sentimento maior

Insiste
Triste
E nunca desiste
A ilusão

É grande realmente a dor
A perda de um amor
Maior porém
Mais dorido também
É o tudo que se foi
Porém maior que tudo
É o que ficou
A terrível solidão a dois.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

 UM DIA DIFERENTE


Categoria: Crônica

Tudo começou assim... 
Minha filha Audrey pergunta se eu quero ir com ela olhar um apartamento, pois ela tencionava comprar. Respondi que sim, já que eu estava em casa sem fazer nada. Em meia hora chegou o amigo dela, o Daniel
que iria nos acompanhar. Um menino super agradável, tipo gente fina mesmo... Amei-o assim que o vi.
Fomos, vimos o apto e tudo o que precisava ser visto e revisto. Ao sairmos Audrey me pergunta se eu quero ir conhecer o sitio que estava a venda (meu esposo está pensando em comprar um), em poucos minutos o Daniel consegue tudo. Marcam um encontro com o rapaz que seria o guia e partimos estrada afora para uma aventura inesperada.
Conhecemos o lugar muito legal, mas não sei se agradará ao meu esposo, muito distante da pista principal uns 15 km. E também, a muito a ser feito no local, em especial na casa.
Resolvemos voltar para casa, no meio do caminho, Edmilson, o rapaz guia nos pergunta se queremos ir conhecer uma cachoeira próxima dali. Ela me pergunta se quero ir (segundo ela quem decide as coisas sou eu), respondo  de imediato que sim, e logo partimos pra real aventura.
Depois de pouco tempo, com o carro em baixa velocidade, andando por caminhos estreitos e em pleno canavial chegamos ao ponto de parada... De parada, não era o de chegada. O resto do percurso fizemos a pé, e pra chegar na tal cachoeira tivemos que descer uma ladeira que antes de terminar eu pensei: - Essa não sei como vou subir de volta, acho que pensei em voz alta, pois no mesmo momento minha filha fez a mesma pergunta.
Respondi que isso veríamos depois, até sugeri subir de costas...
O lugar era lindo, tranquilo e com muito verde ao redor, as árvores faziam uma sombra gostosa e o barulho da água era divino.
O melhor de toda a história foi a volta. Então o Daniel tem a ideia do  Edmilson, o nosso guia ir pegar a moto. Foi super divertido, pois enquanto discutiam como me segurar durante a subida na ladeira, eu subi na moto, agarrei o guia pela cintura e ele arrancou com a moto. O Daniel e a Audrey foram correndo atrás da moto e quase enfartaram quando chegaram em cima. Eu nunca mais tinha  me divertira tanto.
Quando nos despedimos do guia veio a pergunta, vamos na casa de Ahsley? minha outra filha. Logo concordei e saímos em direção a Olinda, onde ela mora atualmente. Antes paramos no caminho para um lanche, já que ninguém estava disposto a esperar por um almoço. Foi sem dúvida o melhor dia desse ano. Rumos e paradas inesperadas e companhias inesquecíveis