Orgulho
Na primavera da existência
Deixaste a flor do amor
Secar na aridez da tua indiferença
E eu
Como que entorpecida
Pela dor da desilusão,
Vi as pétalas murcharem
Na acomodação da minha
Desesperadora impotência,
Onde a soberba encobriu
A sofreguidão de amor
Que me ía na alma.
As lágrimas que rolaram
Apenas conseguiram
Regar a flor
Já quase extinta de sentimentos,
E de uma corola
Foi retirado o pólen
Que deu vida a outra vida,
Pois mesmo não vivendo
Ela continuava a existir.
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