quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Nas Asas Da Imaginação


Nas asas do pensamento
Sigo te buscando
Livre de todo tormento
Saio então caminhando
Com desejos de te encontrar.
Mas sei será em vão
Pois mesmo livre dos grilhões
Tenho ainda no coração
Resquícios de outras emoções.

E mesmo perpetuando meus desejos
vejo refletido no espelho
Da minha própria existência
Virtudes que bem sei
Supera minhas carências...
E assim meio perdida
Tentarei de alguma forma viver
Um pouco do muito que a vida
Ainda tem para me oferecer.

E enquanto só no pensamento
Posso me realizar
Permito-me por vezes voar
Nas asas da minha imaginação
E sem nenhum constrangimento
Me deixo abraçar
E sinto o palpitar do meu coração
Quando o teu corpo o meu vem roçar
Fazendo vibrar minha emoção

Sem Sentido


Nunca!... por mais que eu tente
Nunca terei como tirar você
Do meu pensamento...
Bem sei que se isso eu conseguisse
Minha mente permaneceria vazia
O que para mim significaria a morte.
Nada!... nada consegue arrebatá-lo
De dentro de mim,
Pois você é tão somente
A razão do meu dia a dia
O motivo maior da minha existência.
Ah! quem me dera arrebentar
A bolha do presente e envolver-me
Nas nuances coloridas do que foi
A nossa vida, e libertar-me de vez
Das brumas saudosas deste possessivo
E louco amor.
Mas bem sei que isso jamais vai acontecer...
Fomos o que já não somos
E seremos eternamente
O que nunca pensamos ser... a união eterna
Da saudade com a resignação.
Saudade do que vivemos e resignação
Pelo que somos...
Bem sei que nada disso faz sentido
Mas nós nunca fizemos sentido na vida
Muito embora tenhamos conseguido dar vida
A algo sem sentido
E hoje ainda consegues
Fazer sentido em minha vida

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Nas Entrelinhas


Nas entrelinhas do que escrevo
Deixo bem escondidinho
Cada lance de desejos
Envolvido em carinhos

Do perfume, a rara essência
De tantas e especiais ocasiões
Onde com muita paciência
Dividimos nossas opiniões

E com esmero deixo subentendido
Cada gesto teu disfarçado
Onde finjo não ter compreendido
Teu desejo de ser abraçado

E cada pontuação consegue esconder
O que sempre buscamos disfarçar
É quando tentamos por um pouco reter
O desejo estampado em nosso olhar

E em cada frase deixarei a descoberto
As nuances que espelham nossa alma
Bem sei que nada deve ser manifesto
Nada que possa perturbar nossa calma

Que eu consiga nas entrelinhas esconder
Cada gesto ou olhar sem sentido
Qualquer coisa que nos dê prazer
E que em pensamento nos seja permitido

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Um Rascunho


Eu queria fazer versos
Acreditando que você
Sentisse os sentimentos que empresto
Para que pudesses neles se reconhecer.
Eu queria poder assim
Revelar o que trago dentro de mim
Quando penso em você.
E seria tão bom isso poder escrever...
Eu tentaria de leve tocar
Nessa sua alma tão singela,
E como se fosse uma janela
Calmamente me debruçar
Para sem receios sua alma olhar,
E com delicadeza copiar
O que tão bem você sabe rabiscar...
Pelo menos é o que me revela
Esse seu languido olhar.
Farei então um rascunho
Desse modo até me atrevo
E será do que penso e não escrevo
Do que ouço e não vejo
Do que simplesmente desejo
Do que busco esconder
Com medo de outra coisa parecer
Então nesse rascunho
Só faltará seu nome escrever

Eu queria simplesmente


Eu queria tão somente
ver o tempo parar
Eu queria que o meu mundo
Nunca chegasse a me sufocar

Eu queria
Sem nenhuma agonia
Em louca corrida
Sob uma chuva de alegria
Ver você chegar

Eu queria nuns versos bem simples
Te abraçar ternamente
E sem nenhuma fantasia
Sentir a verdadeira euforia
Em que meu mundo iria mergulhar

Eu queria simplesmente
Ter você somente
Tão somente para mim
Eu queria te sentir lentamente

Eu queria fechar os olhos e poder ver
Descruzar os braços e poder te abraçar
Deitar nos sonhos e poder sonhar
Sonhar que o tempo parou
Que minha vida continuou
Que meu verso não se encantou
E que nada e tudo se transformou

Eu queria poder somente
Dizer calidamente
Que és tudo para mim
E por que não dizer
Que és o meu mundo enfim...

Esperanças


A saudade que me invade
É por vezes monótona
E quase traiçoeira...
Há sons que me entorpecem,
Cheiros que me enlouquecem
E visões que me perturbam,
Há desejos que me torturam
E dore que já nem doem...

Há resquícios de morte
Nos braços da vida
Que inevitavelmente
Aniquila minhas esperanças
Exterminando meus sonhos
E povoando a minha mente
Com sobras do muito que um dia
Eu deixei de viver
Por alguma razão...

Embalando-me nos adormecidos
Braços da saudade
Sinto meu interior despertando
Para o antes
Na inútil tentativa de adormecer
No agora
Para de alma livre
Acordar
E viver o depois.

Quem sabe
Talvez eu conseguisse sorrir
Para a alegria
Aceitando o novo dia
Que por fim surgisse
E só assim,
Só assim eu adormeceria
A saudade
E acordaria feliz por fim

Mundo Irreal


Se o mundo de sonhos tem seus encantamentos,
Também o despertar pode trazer encantos...
Muitos despertam e sorriem
Diante do quadro que os espera,
Já muitos como eu...
Despertam e choram ao ver que o sonho acabou.
O despertar tira a suavidade da felicidade breve
que a ilusão nos proporciona.
A realidade vem amargando,
Vem deslizando como uma serpente traiçoeira.
O sonho muitas vezes bem pouco dura,
As fantasias persistem atormentando-me
E eu mais uma vez mergulho na tristeza,
E flutuo entre doces sonhos
E tristes verdades.
Tenho a mente povoada pelo que nunca foi realidade.
Arrebata-me os sentidos
A ilusão de que nunca deixou de existir
O que na realidade nunca existiu.

Deslumbro-me diante da inusitadas noites de amor
Noites de loucura onde aprisionasses a minha alma,
Acorrentando a minha vida
Ao teu mundo de sonhos e fantasias,
Mundo de encantamentos e doces ilusões.
Mundo só nosso... Mundo onde apenas nós dois
Fazíamos as leis,
Um mundo onde o nosso amor nasceu, cresceu e
Adormeceu... Mas não morreu

O Que Chamei De Amor


Onde estará o amor?
No meu mundo já não está,
A última vez que o vi
Percebi não ser o mesmo,
O tempo o transformou,
Perdeu todo o brilho
Desbotou, perdeu a cor
E isto eu mesma pressenti...

E onde está o meu amor?
Não sei, o tempo ladrão roubou
Ou quem sabe, simplesmente morreu
Desvaneceu, sucumbiu
Como tudo sucumbe
Quando só nos causa dor,
E isto é quando nosso mundo
Não mais floriu...não mais sorriu

Onde está esse amor?
Que eu mesma nunca mais o vi
Nunca mais o senti
Mesmo eu estando aqui...
Se foi, se encantou
Não sei se o perdi, ou ele me perdeu
Mas no meio de tanto desamor
Quem sabe quem perdeu ou quem ganhou...

Onde está o que chamei de amor?
Se transformou, virou fumaça
E como tudo que nessa vida passa
Ele também passou
O que restou desse sentimento
Que se foi levado pelo vento
O vento do esquecimento
Que o levou e ele não mais voltou...

.......................................

Foi engano... não era amor...

sábado, 24 de janeiro de 2009

Silenciosos Gritos


A noite que chega me abraça com nostalgia...
A esperança já quase morta tenta em desespero
Reavivar uma existência
Que ficou presa no tempo,
Sempre saudosa nunca porém esquecida.
A noite que avança com seus braços de cúmplice
Me tira calidamente do sono embriagador e
Doloroso
De tudo que se foi e não volta mais...
Que amargura a invadir-me a alma.
A realidade me traz de volta,
Me desesperando, me enlouquecendo
de dor, de amor, de desejos.
Já não há como fugir.
O medo aprisionado se liberta
Dando vazão a tudo que me sufoca
Que me devora a alma.
A saudade suavizada pelo tempo,
Liberta-se da fugaz couraça
De fingida indiferença
E explode em silenciosos gritos...
Os braços da noite não conseguem conter
Tanto desespero e tanta ânsia.
A sensatez chegara tarde e cautelosa se fora,
Em seu lugar ficou a saudade e a solidão.
A noite compreensivamente se despede tristonha
dando lugar a um novo dia que chega
Arrebentando de alegria,
Invadindo meu íntimo, ferindo minha alma
Que mergulhada num mundo de eterno sofrimento
Não consegue compreender
Como tanta vida pode existir,
Como tanto explendor pode acontecer,
Quando mergulhada em eternos devaneios
Em momentos de infinita solidão
Vive a sua tão amargurada existência.
Fria como a noite... que se vai abandona-me
Nos braços mornos de uma ensolarada manhã,
Que em sua brilhosa e radiante vida
Parece não perceber
Que tudo o que me resta
É ainda poder recordar de algumas coisas
Sem afogar-me num oceano de prantos.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Emoções


É frustante essa inquietude
Reinante em meu espírito
As emoções se embaralham
Turvando-me o raciocínio
Aprisionando-me
Nos braços desesperados
Da inconstância.
Ferve em minha veias
O palpitar ardente
De tudo quanto foi
E mais ainda
De tudo que não fomos...
Não vivemos...
Embarga-me os soluços gritantes
Da imensidão que povoa minha mente
Do sorriso parco que aflora
Em meus lábios
Do desespero que atormenta minh'alma
Da saudade que me leva ao extase
Num arrebatamento inconfundível
De viver o nada...
Amar o nunca...
Esperando pelo jamais...
A emoção que nasce em meu olhar
Traz o sabor do que se foi
A virtude do que não se encontra
A esperança do ansioso...
A loucura que arrebatou sôfrega
A minha sanidade
Preciso reviver para poder viver...
Não quero nunca mais pensar
Num nunca mais...

.

Segredo II


Mais uma noite que
Atormenta meu espírito, e
Rindo do meu sofrimento, a
Infeliz saudade
Abraça-me...ainda
Guardo no corpo
Indisfarçáveis marcas de
Loucos toques que
Desperta meu eu
E bem sei desperta
Também teu
Eu...
Orgulho talvez me impede de
Render-me aos teus encantos
Desejo-te e
Ondas de volúpia
Nunca dantes sentida
Inquieta-me
O nosso ontem se confunde
Com o nosso hoje, nos despertando
Para nosso amanhã...

Meu Segredo


Andei por terras distantes
Navegando num mundo de cores
Te desejando encontrar, para
Os nossos momentos assim reviver.
Não te encontrei...
Imaginando mil coisas
O meu pensamento foi te buscar
Calada fiquei quando finalmente o vi
A explosão de desejos
Reprimi no peito, e
Louca de amor
O aguardei...mas foi em vão
Sentindo a alma sangrar
Desesperei-me
Então sem entender eu senti
Seus lábios me beijando
O meu sonho logo acabou, deixando
Uma estranha sensação que trouxe o
Zéfiro da saudade, fazendo
Arder de desejos minha alma

Um Grito Perdido No Tempo


Tudo tem início chegamos ao fim
Pelas raras horas de alegria te peço
Seque em frente vai para longe de mim
Que este curto e negro período encerro

Amei em desespero como uma louca
Sofri calada no silêncio do meu quarto
E cansada de tudo eu fiquei rouca
Ao gritar teu nome num deserto vasto

Tu sempre fingindo que me amava
E eu na minha lucidez não percebia
Com cinismo o teu jogo ganhavas
E com amargura sentida eu te perdia

Mas hoje só consigo ouvir um eco
De um triste e abafado sussurro
E na calada da noite eu desperto
Para uma dor que já não murmuro

E quando toda a cidade dorme
Um alguém grita um grito sem enlevo
Pois o tempo deu-lhe a voz da morte
Pequeno castigo para tão grande erro

Meu Cardiologista


Ao Dr: Sergio
A vida sempre nos reserva surpresas
Que as vezes mexe com a nossa emoção
E deu-me o destino uma mão benfazeja
Para com maestria cuidar do meu coração

E um certo dia um médico eu conheci
Era o Dr: Sergio,excelente cardilogista
Sempre que o vejo lembro momentos que vivi
E foi numa das minhas idades mais bonitas

Pois quando criança eu muito brinquei
Sempre achando o mundo bom, sem maldades
Ao conhecer o Dr: Sergio desse tempo lembrei
Pois ele demonstrou atenção e simplicidade

E para que você se sinta meio à vontade
É preciso que seu médico seja também amigo
Não importa qualquer que seja a idade
O importante é que ambos sejam ouvidos

É dessa forma que o Dr: Sergio eu vejo
Homem que me inspira a maior confiança
E sempre que vou ao consultório e o ouço
Sinto crescer dentro de mim a esperança

Esperança de mais um tempo para viver
Para meus sonhos ao menos tentar realizar
Meu coração me diz foi bom a ele conhecer
E te-lo para poder do meu coração cuidar

Agradeço ao Dr: Sergio pela atenção e bondade
Também pelo seu altruísmo e tanta dedicação
Enalteço sempre sua delicadeza e simplicidade
E do carinho com que tem cuidado do meu coração

Como Será?


Como será que eu vou viver
Se já nem consigo mais dormir?
Como fazer para te esquecer
E não mais precisar fingir?

Meus dias, estes têm se mostrado
Monótonos e sem qualquer alegria
E o tempo apenas me tem revelado
Como tem sido grande a minha agonia

E nesse grande e triste tormento
Percebo como dói apenas esperar
Já não há nenhum acontecimento
Que consiga um pouco me acalmar

E nesses dias tão sem sentido
Vou vivendo sem nem perceber
Que por maior que seja o motivo
Mais nada me faz de ti esquecer

E mesmo sem ter qualquer esperança
Viver assim ainda me dá um alento
Não posso da vida perder a confiança
Pra não aumentar mais o meu sofrimento

E vivendo assim quase que por viver
Procurando forças para então continuar
Mesmo sabendo que por ti e não por querer
Aprendi a conjugar o verbo renunciar

E nessas minhas noites mal dormidas
Buscando sempre do tédio então fugir
Talvez eu encontre nas horas fingidas
Um pouco de razão para com a vida sorrir

Providencial Esperança


Foi numa linda noite de luar
Que eu estava na vida pensando
Foi quando ouvi algo murmurar
Nunca te deixarei me esperando

Sempre estarei completa ao teu lado
Não importando em qual situação
Terei teus segredos bem guardados
E também farei parte da tua emoção

Estarei sempre na tua vontade de viver
E também nas tuas inesperadas alegrias
Comigo em momento algum irás te perder
Sou a certeza do surgir de cada novo dia

Serei sempre tua companheira e amiga
Se me permitires nunca te deixarei
Mas não depende só de mim adoçar tua vida
É preciso que hajas, que minha parte farei

Sou eu a providencial esperança
Sou eu que nunca posso te faltar
Sem mim se vai também a confiança
E ficarás sem motivos para lutar

Nunca queiras me tirar da tua vida
Por mais difícil que tudo possa parecer
Mas sou eu o balsamo para tuas feridas
Só eu tenho dado coragem no teu viver

Nisso uma paz suave tomou conta de mim
E senti uma leve brisa me acariciando
Então eu me senti pronta para a luta sim
Pois algo especial estava me acompanhando

E sorrindo satisfeita e convencida
De que eu nunca deixaria de lutar
Tendo a alma assim, rejuvenescida
E muita esperança no meu caminhar

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Bem-vinda


À ANANERI
Hoje eu sei que na nossa vida
Acontecem coisas boas com certeza
E uma que me foi muito bem-vinda
E que foi sem dúvida uma riqueza
E também da vida um presente
Foi ter conhecido um dia
Uma pessoa simples e eficiente
Que só me trouxe alegria.
É assim que eu descrevo
A Ananeri, mulher fenomenal
Sei que fiz algumas amizades
Mas como ela quase não tem igual
Tem no coração muita bondade
E hoje a tenho como uma pessoa querida
Independente de suas qualidades
Mulher que sabe abraçar a vida
Para respingar só felicidades
E bem sei que a vida não se resume
Apenas aos bens que se conquista
Mas quando se esquece um pouco os queixumes
Se recebe de volta
Todo o bem que se pratica
Ananeri é sem dúvida um bem precioso
Desses que nem parece real
Mas se há algo que se torna grandioso
É saber de pessoas como você,
Que torna a vida legal.
Foi muito bom te conhecer...

Sem Licença


Minha alma perambula
Nas frias e solitárias madrugadas,
Tudo é quieto e silencioso
só minha alma triste e irrequieta
Absorve tudo infeliz e calada.
Meu coração ansioso
Observa a vida por uma fresta
Onde a luz permanece apagada.
Meu espírito dantes aventureiro
Hoje se esconde como medroso,
Coragem, será que alguém empresta
Sem que este seja um gesto derradeiro?
Melhor se perder nas madrugadas
Tendo a alma inquieta e calada
Do que perder a própria identidade
Achando um riso que não apetece
Quando se descobre a idade...
Melhor não pagar para ver o que acontece,
Afinal sou mais um espectro humano
Tolo, sofrido e acomodado
Com este sofrimento desumano
Com tantos sentimentos guardados
Nesse coração apaixonado
Mas sem licença para amar
Com licença para calar
E sem licença para sonhar

Motivos


Falta pouco para o sol despontar
E eu ainda estou acordada
Foram tantas coisas a pensar
Nem percebi o chegar da madrugada

São tantos motivos a inquietar-me
Tantas razões a me tirar a razão
Não sei então para que queixar-me
Se em nada vai aliviar meu coração

E cada minuto que vai passando
Aumenta mais a minha inquietação
Foram muitas mágoas se acumulando
Muito peso para um só coração

E bem sei que o surgir de um novo dia
Não trará paz alguma ao meu coração
Não terei acrescida a minha alegria
Nem motivo algum para nova emoção

E continuarei a sorrir para o mundo
Na indiferença que a minha alma povoa
E por certo nada me será tão profundo
Quanto a falta de emoção que magoa

E sentirei na pele como uma fria garoa
A sensação que essa brisa me traz
E o som que na minha alma ecoa
Me lembra que nunca mais tive paz

E a lágrima fria que vai rolar
Me fará lembrar o que busco esquecer
Nem sei se ainda terei como olhar
Para dentro de mim sem que eu veja você

Desejo Louco


Pelas frias madrugadas me perdi
Buscando algo que me aquietasse
Foi quando no pensamento percebi
Que tudo mudaria se eu te encontrasse

E um desejo louco e incontrolável
Apenas me mostrou o quanto preciso
De algo real e bastante palpável
Para por um fim a esse meu castigo

E um estranho frio me envolve
Me fazendo de tudo esquecer
E minha imaginação se dissolve
Diante do que não vai acontecer

E me abraço triste e conformada
Aos meus sonhos mais uma vez
Bem sei que tenho a alma magoada
Por culpa da minha insensatez

E ao sentir a brisa fria da madrugada
Tentando de algum modo me confortar
Fechando os olhos me sinto abraçada
Pela solidão que vive a me espreitar

E também em meio a tanta friagem
Uma lágrima solitária deixo cair
E é ela quem me dá coragem
De pedir ao tempo que não te deixe ir

Ir para longe da minha vida
Dos meus sonhos e das minhas ilusões
Não quero sentir-me outra vez perdida
Pois tudo o que quero é somar nossa emoções

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Mergulho Na Escuridão


Categoria: Contos

O dia amanhecera lindo... os pássaros em barulhenta arrevoadas festejam aquela ensolarada manhã. De uma janela um alguém parece não perceber a maravilha da natureza, de um novo alvorecer... a maravilha da vida.
Os olhos inchados da Jeannie não a deixa ver a beleza que encerra tão deslumbrante quadro. Ela tem a alma envolvida nas brumas da desilusão, do desencanto.Em seu espírito é cada vez maior a tempestade que se desencadea, é sempre mais forte e constante as desventuras,os desenganos.
Há dias atrás tudo era belo, era amor em sua existência, até que de repente tudo aconteceu...
Não se deve brincar com a sorte, muito menos com a própria vida, e foi isto o que aconteceu com o Adelmo... Adelmo, o porto seguro da jeannie.
Adelmo... moço divertido, brincalhão, talvez um pouco demais... Em um certo domingo, estando o mesmo no último dia de suas férias trabalhista, e ele após passar praticamente todo o dia dividido entre jogos e amigos o Adelmo passa o restante da tarde na casa de um companheiro de trabalho. Conversam, bebem... se divertem.
Finalzinho de tarde... O crepúsculo parece mais firme, mais vivo... O Adelmo se despede do companheiro, está na hora de ir para casa, é preciso ir ver a Jeannie e se preparar para retornar ao trabalho no dia seguinte.
Realmente foi ótimo ele e a Jeannie tirarem férias ao mesmo tempo, pois dessa forma tiveram mais tempo um para o outro, se divertiram bastante curtiram a vida de modo mais amplo e divertido.
Pensando na Jeannie o Adelmo pega a moto, mas nisso ele se desiquilibra derrubando-a, o companheiro dele tenta faze-lo entender que não deve ir naquele momento, que é melhor entrar em sua casa e descansar um pouco, pois ele não parece estar em condições de guiar, mas o Adelmo não se deixa convencer, ele só pensa em ir à casa da Jeannie e passar essas últimas horas de férias com ela. O amigo insiste... mas o Adelmo diz que não será um pouco de bebida a mais que irá mudar os planos dele.
Decidido o Adelmo pega a moto e parte... parte para a sua última viagem. Uma corrida louca, desesperada, uma corrida para os braços da morte, não para os braços da amada como ele desejava...não... ele não mais a iria abraçar.
O vento fustigando-lhe os cabelos, lhe dá uma sensação de leveza, de liberdade, de irrealidade, e de repente um mergulho na escuridão... um mergulho no nada... um imenso vazio que o abraça. É um abraço diferente, não tem o calor da Jeannie. É um abraço com sabor de nada para ele e de desespero e saudade para ela..
Lentamente a Jeannie sai da janela. A vida continua... maravilhosa e completa para uns... vazia e amarga para tantas outras pessoas assim como ela. Até quando a sua alma vai chorar pelo último abraço que não veio? até quando essa sensação de abandono irá acompanhá-la? não sabe... tudo que sabe é que precisa continuar a sua jornada, mesmo que esta tenha se tornado amarga sem o Adelmo. Suspira melancólica e nesse momento sente suavemente um toque cálido e imaginário que parece acompanhá-la. Sorri triste, pega a bolsa e sai para mais um dia de trabalho.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Caminhos


À Edjane

A vida sabemos tem muitos caminhos
Que por nós é percorrida sempre
E por eles nunca passamos sozinhos
Pois são caminhos de muita gente

E num desses caminhos que eu percorri
A princípio até com um certo temor
Mas antes de chegar ao final eu vivi
Emoções repletas de carinho e amor

Pelas estradas por mim percorridas
Teve uma da qual nunca vou esquecer
Pois na estrada que se abre para a vida
Eu pude simplesmente a Edjane conhecer

Uma mulher simples e sem maldades
Muitas vezes lembrava uma criança
Nos seus sonhos tão sem vaidades
Havia muita bondade e tolerância

Continue a buscar Edjane teus lindos sonhos
Que a perseverança com por certo lhe coroará
Não se atenha apenas aos momentos enfadonhos
Apenas lute para ver teus desejos se concretizar

Sonhos bem sabemos são difíceis de realizar
Mas quem sempre luta um dia na certa alcança
E você Edjane tenho toda certeza conseguirá
Basta que tenhas um pouco mais de confiança

É O Fim


À Nilza

Seria realmente até muito bom
Se o que hoje vejo fosse verdade
Minha existência teria novo tom
E tudo entre nós seria felicidades

Os desgostos não mais existiria
Teríamos então um novo recomeço
A nossa vida seria apenas alegria
Nunca mais haveria qualquer tropeço

Mas o destino outra vez foi mal
Não permitindo que o bem vencesse
A verdade é que quem vive no lamaçal
Não ía permitir que algo bom crescesse

E fui novamente por você enganada
Outra vez sua astúcia caiu por terra
Me dando a certeza que nunca fui amada
Fui no máximo troféu de suas guerras

Mas agora de tudo isso eu hoje me cansei
E estou querendo de alguma forma esquecer
Todos os momentos que verdadeiros julguei
E que eram bons demais para voce os merecer

Embora eu não quizesse acreditar que novamente
Tudo que eu mais queria estava longe de acontecer
Mas eu sei que na verdade tudo serviu simplesmente
Para que eu nunca mais pense em confiar em você

Você foi cruel e também miseravelmente louco
Portanto de mim nada porém espere mais
E eu não creio que tudo que aconteceu seja pouco
Por tudo que você ousou demonstrar ser capaz

Parta e nunca penses na possibilidade de voltar
Pois eu tenho certeza já ter sofrido o bastante
Se pensas em fazer algo lhe digo que nada vai mudar
Pois viver novamente com você será muito ultrajante

E reafirmo nesse momento que nada mais espere de mim
É que em mim nada mais restará que não seja piedade
Entre nós realmente tudo terminou, este é o nosso fim
Já não consigo mais suportar as suas cruéis maldades

E quando um dia o enfadondo tempo lhe assaltar
E sei que vais perceber a sua solitária desgraça
E quem sabe talvez você consiga um pouco lembrar
Que tudo na vida, seja bom ou ruim também passa

Passarão todos os seus sonhos e até as dores
As decepções e também as suas doces ilusões
Lembre-se também que o tempo desbota as cores
Como também assim se apaga as grandes emoções

E nesse dia irás com muita certeza
Relembrar todo o mal que você me fez
Quando pagasses com injúrias minha pureza
E eu nada percebia nessa minha insensatez

Pois louca de amor por você eu ainda estava
Nessa paixão que por tantos anos eu senti
E você sem piedade cruelmente me enganava
Esquecido de cada hora que por ti eu vivi

Mas hoje depois de tantos e amargos anos
Minha alma só implora por liberdade
Ainda conservo os meus inquietos arcanos
Aspirando momentos de intensa felicidade

Ânsia De Você


Eu só preciso saber
Onde é que você está
Pois eu quero te ver
Eu preciso te abraçar

A monotonia desta tarde
Até parece me entender
E a saudade que me invade
É só mesmo saudade de você

Essas horas que se arrastam
Vai me envolvendo num torpor
Elas tam,bém me desgastam
Pois não entendem a minha dor

E muito triste os olhos eu cerro
Pensando em como eu vou fazer
E os meus pensamentos entrego
Apenas as lembranças de você

Desejo poder um pouco sentir
De ao menos um suave alento
Pois confesso que tudo que vivi
Foi só nos meus pensamentos

E nessa cruel saudade de você
Sempre esperando o que virá
E ainda me resta também saber
Quando vou poder te abraçar

E sonhando meio acordada
Desejando este sonho viver
As vezes me sinto arrebatada
Nessa ânsia louca de ter você

É O Princípio Do Fim


Hoje a natureza rebelou-se,
Parecia que não ía mais parar
Talvez seja a indignação
Que vive a lhe sufocar
Não dá mais pra sentir compaixão
Pelas desgraças que aí está
O homem desumano
Transforma seu semelhante
Em farrapo humano
E parece ainda se sentir contente
Isso é o princípio das dores
O fim de todos os amores
É a humanidade descrente
O povo cada vez mais carente
E Deus parecendo estar ausente
Os monstros logo passam a reinar
Já não há mais tempo
Paremos de brincar
É o princípio do fim
Povo!... acreditem em mim
Jesus está pra chegar
Parem antes que seja tarde
O que tens nas mãos
Para a Jesus apresentar?
Arrepende-te de todo o coração
Ainda dá tempo
De com Deus se reconciliar

Descaso


Com que descaso trataste o meu carinho
Não entendi o porquê de tanta rudeza
O destino me deu amor por espinhos
E mataste dos meus sentimentos a grandeza

Talvez consigas perceber algum dia
E se este já não for tarde demais
Que eu quis para ti apenas alegria
Mas em troca roubaste a minha paz

E tenho na minha triste jornada
A infelicidade por justa companheira
E quando eu me libertar dessa invernada
Verás que a vida pode te ser traiçoeira

E sentirás a fria solidão te afagando
E pelos dias que te restam ainda
Liberta tua alma e sairás ganhando
Nessa tua caminhada que ainda não é finda

Procuras e encontrarás algum resquício
Do homem bom que nessa tua alma habita
Apaga de ti a maldade sem deixar vestígios
Deixa apenas esse lado bom que tanto evitas

Tenta sorrir para a vida e a abraça
Que é longo o caminho a ser percorrido
Não procures cultivar na vida a desgraças
Semeia o bem e terás caminhos floridos

domingo, 18 de janeiro de 2009

Teu Retrato


Pensativa fico olhando teu retrato
E meus pensamentos parecem redemoinhos
sinto ainda estar presente meu passado
Pois ainda continuas no meu caminho

E te observo preso entre meus dedos
Te resumindo nesse mundo de lembranças
E nem imaginas quanto há nesse apego
Nessa solitária e benfazeja esperança

E como um fantoche do destino me sinto
Sempre aguardando um desenlace qualquer
E é quando em muitas vezes eu pressinto
O adormecer da minha essência de mulher

E meus sentimentos em constante desalinho
Me enrosca embaraçando meus sentidos
E não percebes que na curva do teu caminho
Há um vulto que teme já ter sido esquecido

E sempre que a lembrança tua chegar
Irá me encontrar audaciosa te esperando
No peito há o grito que não quer calar
Sinto ser a saudade ansiosa te buscando

E assim para cada desejo adormecido
Uma lembrança insistindo em despertar
E nesses muitos momentos por nós vividos
O presente do passado se despede num acenar

E que o meu hoje nunca queira insistir
De no ontem sem qualquer pudor mergulhar
Deste bem sei que preciso também fugir
Pois o que quero é no amanhã despertar

Um Amor


O vento sibila lá fora
Parecendo até gemer
De longe todos escutam
O que não dá pra esconder
São gritos de agonia
são dores de todos os dias
onde se escondeu a alegria
E que hoje só sabe doer

Nessas horas de tristezas
De pesar e grande dor
Sinto todas as cutiladas
Desse infeliz desamor
Até parece um tormento
Tanta dor e sofrimento
E mesmo nesse momento
Ainda choro por esse amor

E o vento cortante da saudade
Que ainda me faz chorar
Parece até brincadeira
Quando começo a pensar
Pois sei que a cada dia
Se vai toda alegria
Pois tudo o que eu queria
Era só um amor pra amar

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Inócuo Pensar


Quantas vezes por mim esperaste
Mesmo sabendo que eu não ía chegar
E quantas vezes também me abraçaste
Na ilusão do teu firme e inócuo pensar

Talvez nem tenhas percebido o quanto
Tenho estado presente todos esses dias
Se olhares para dentro de ti no entanto
Me sentirás em cada momento de alegria

E talvez entendas porque até me acostumei
A viver perdida nesse recente passado
Mas é provável que nem eu mesma pensei
Como seria triste não estarmos lado a lado

E cada minuto que sozinha eu passo
Sempre somando as horas de tédio
Apenas guardando da vida os embaraços
Na esperança de um pouco de crédito

E enquanto a rotina se acomoda mais uma vez
Dando lugar as ilusões já quase perdidas
É possíval que a vida encontre num talvez
Razões para não deixar que eu seja vencida

Mas hoje que a saudade inquieta me doeu
Saber de ti me trouxe um pouco de alento
Embora a vida mais uma vez não se comoveu
Diante do meu triste e solitário sofrimento

E sempre me sentindo cansada e abatida
Já quase sem forças para na luta prosseguir
Quem sabe se eu tivesse um pouco da tua vida
Isto me ajudaria na esperança que há de vir

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Roda de Amigos


Me pego imaginando como seria
Um encontro com meus amigos
Teríamos momentos de muita alegria
E pensando nisso sinto que vibro

Seria com certeza muito perfeito
"Longa Jornada" e "Esse teu olhar"
Falo do Sérgio e do Nilton, amigos do peito
E com certeza muitas histórias para contar

Conosco também a Ananeri com seu jeito meigo
Sorrindo à toa como costumam fazer as crianças
Ela sempre conserva esse seu modo tão perfeito
E em seu olhar percebemos o brilho da esperança

E a Marilene nossa amiga de longa data
Com seu modo as vezes distante e pensativo
Como não deveria deixar de ser,a ela sou grata
Por sua lealdade e também grande companheirismo

Ainda lembro do nosso querido Luis Fernando
Companheiro dedicado e parceiro em nossas lutas
Seria realmente um ótimo encontro mas no entanto
Receio entretanto que nos atrapalha a labuta

Mas enquanto esse momento não nos chega
Fiquemos então apenas na forte torcida
E tão logo fiquemo livre dessa peleja
Acontecerá a reunião mesmo que resumida

domingo, 11 de janeiro de 2009

Sentimentos


A princípio inquieta vislumbrei
Um mundo sem muita cor
E disso muito pouco gostei
Pois com certeza alí havia dor

E saí pela vida perguntando
Onde eu poderia encontrar
A ilusão que seguia fantasiando
Quem nela quizesse acreditar

A tristeza em lágrimas mergulhada
Soluçava sem no entanto nada dizer
Nisso porém foi chegando a madrugada
Que também fingia de nada saber

E tentando meu caminho prosseguir
Esperei com paciência o dia amanhecer
Foi aí que eu ouvi a saudade me pedir
-Me deixe ir juntamente com você...

Fiquei mesmo um tanto quanto indecisa
Diante daquele pedido tão constrangedor
E me olhando ela ainda disse que na vida
Nem todo mundo consegue ser vencedor

E continuou...

Pois é preciso que também se aprenda
Que na vida existem muitos sentimentos
Que mesmo que você não os entenda
Deve respeitá-los como um mandamento

Pois todo sentimento deve ser respeitado
não importando se o mesmo lhe causa dor
É necessário se ter de cada um o aprendizado
E com certeza estás pronta para o amor

E que não se deve nunca querer culpar
A infelicidade em qualquer sentimento
Antes se deve aprender a lutar
Para que se tenha algum merecimento

E nunca mesmo busque fora de você
Razão para poder se sentir vencedor
Pois não basta somente você querer
É necessário ter sangue de conquistador

Que seja alegria, tristeza ou ilusão,
Esperanças, saudades ou mesmo amor
Não busque longe o que está no seu coração
Pois dessa forma só conseguirás a dor

Fiquei parada olhando a saudade
Que com determinação se me achegou
E sorri diante daquela preciosidade
Que consegue dar a vida mais sabor

E seguimos a tudo indiferentes
Ela inquieta vive a me perturbar
E sempre que sinto uma ausência presente
Sei que é a saudade tentando me falar

Certeza


Hoje sinto que a luz já não cintila
Como outrora fez em minha vida
E essa certeza põe fim aos meus sonhos
E friamente aniquila
A beleza dos versos que componho
E com uma lentidão enervante
Em vão busco qualquer recomeço
Mas já não há a graça contagiante
Dos versos que escrevo
E sinto ainda da vida um leve estremeço
E percebo ser apenas o fim
E já não há como ter esperanças
Essa se perdeu dentro de mim
E minha vida como tôla criança
Cresceu e no mundo se aventurou
Hoje retorna cansada
Já não é mais criança, a velhice chegou
E com o peso dos anos
Adquiriu fragilidade
A primavera se extinguiu
E o verão cedo acabou
O outono lembrou-me a idade
E o inverno da solidão me atingiu
O sol da existência indecisa ainda raiou
E como num sonho por entre meus dedos
Um resto de ilusão escapou
E é aí que sucumbe todo meu medo
E todo desejo que no meu corpo ficou

Turbulento Desatino


Eu sinto que a morte já me chama
Em angustiosas noites minha vida declina
É uma pena... Nem deitei-me nos braços da fama
Mas isto são coisas que a vida também nos ensina

Embriaguei-me nos encantadores sonhos
Nem mesmo percebi que o tempo ía passando
E mais uma vez esse tempo que é tão medonho
Deixou-me deslumbrada,ele estava me enganando

E essa brisa que me chega inexplicável e gélida
que tenta envolver-me sem nenhuma aparente razão
Me mostra que chegou a hora de nessas terras fétidas
repousar meu corpo, após o silenciar do meu coração

E em turbulento desatino a minha pobre alma
Parece sucumbir ao pó do desventurado tempo
A minha alma fugiu da exaustão e agora calma
Olha o tempo que célere se iguala ao vento

E em certo momento fugirá de mim a razão
Minha vida cansada de viver, ela hoje finda
Já quase nem ouço as batidas do meu coração
É a morte que indiferente me dá as boas vindas

E nesse derradeiro e também triste suspiro
Meu corpo cansado ao pó estará voltando
E como num longo e enlouquecido giro
Ainda percebo meus sonhos o vento levando

Sempre Buscando


Foram tantos sonhos que um dia
Os vi sendo por mim sepultados
Da mesma forma que minha alegria
Sempre que me sentia um ser rejeitado

E sempre buscando pela vida à fora
Algo que um dia a tudo por fim mudaria
E como para tudo na vida existe a hora
É chegado o tempo que a vida me daria

Após longos anos de silêncio angustiado
Eis que surge o romper de uma nova aurora
Era como se o meu mundo tivesse sido trocado
Já naõ havia mais como desistir de nada agora

E sempre tentando a tudo um pouco entender
Sinto na alma o soar de uma suave canção
E todo o meu corpo se fez estremecer
E eu pude então sentir vibrar o meu coração

E hoje despertando finalmente para a vida
Sempre querendo no meu mundo entender
Mas nem sempre o tempo os sonhos realiza
Nem tão pouco nos diz de tudo o porque

Solidão


Solidão é esse mundo perdido
Que tento em vão vencer
É querer fazer na vida sentido
Sem ter idéia de como vai ser
É desejar um feliz aconchego
Sabendo que este não virá
É esperar por um chamego
Sabendo que tem hora para acabar
É envolver o pensamento
Ao querer calar um grito
Que insiste em explodir
É sentir num último suspiro
O que teu peito faz sorrir
É enfrentar o perigo
Sem sentir qualquer ameaça
É ver o mundo lhe fugir
E a vida fazer-lhe pirraça
Solidão é saber-se sozinha
E prosseguir a jornada
É sentir que apenas se caminha
Sabendo que nada te espera na chegada

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Demasiada Nostalgia


Que tristeza sinto na alma
Parece que estou a morrer
Foram momentos de muita calma
Que aqui eu pude um dia conhecer

Tenho o coração em pranto e dor
Nem sei se vou mesmo suportar
Como podem me arrancar o amor
Que aos poucos eu vi brotar?

Não quero por companheira a solidão
Pois agora que conheci da vida o melhor
Recuso-me a viver apenas de ilusão
Não quero algo que eu sei será pior

Que fazer meu Deus para não sucumbir
A tristeza e a uma demasiada nostalgia
Quero muito poder simplesmente sentir
o coração explodindo em constante alegria

E que cada momento por mim vivido
Seja para mim de grandes emoções
Que eu esqueça os momentos existidos
Já que não faz bem viver apenas de ilusões

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Momento Especial


Mais uma vez o medo e a dúvida
Está sem dó a me entristecer
É que estas horas são as últimas
E sei que logo mais não os vou ver

Quando penso em tudo que vivemos
No nosso dia a dia que foi tão feliz
Sofro ao saber que não mais teremos
Esses momentos que eu tanto quiz

Essa etapa foi um marco na minha vida
Pois surgiu num momento muito especial
Era quando do mundo eu vivia perdida
Sem sonhos, sem nenhuma esperança afinal

E hoje ao olhar para trás mais uma vez
Sinto as lágrimas que insistem em continuar
É como se apenas a terrível insensatez
Voltasse na minha vida para me perturbar

Como farei para suportar a saudade
Que sem trégua irá me castigar?
Como fazer para conservar as amizades
Depois que cada um seu rumo tomar?

Bem sei que as noites serão uma tortura
Nessa sala de aula não mais entrarei
Espero que para tanto desgosto haja brandura
Pois desses momentos não mais participarei

Não mais ouvirei o espocar de tantos risos
Que durante as aulas tanto me animou
Quantas vezes esqueci da vida os perigos
E até as lembranças do que tanto me machucou

Hoje eu tenho meu mundo enriquecido
Com os amigos que eu consegui conquistar
Pois no meu mundo de poucos abrigos
Conheci pessoas das quais posso me orgulhar

Hoje estou chorando a futura ausência de cada um
Que bem sei muito em breve terei que suportar
E tenho a certeza que não haverá momento algum
Que me permita por essa saudade não mais chorar

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Não Posso Calar


O destino as vezes nos reserva
Momentos que nem gosto de falar
Mas a vida também preserva
Sentimentos dos quais não posso calar

De presente a vida um dia me deu
Um amor puro com o qual convivi
E confesso que o que mais me doeu
Foi saber que nem tudo desse amor vivi

Mas conservo ainda bem vivo na alma
Este sentimento que a minha vida marcou
Pois ela foi a mulher mais bela e calma
Que o meu coração um dia se apaixonou

Tivemos momentos de grandes alegrias
Embora o sofrimento nos tenha marcado
Mas a nossa vivência foi de muita harmonia
E os momentos tristes com ela foi sepultado

Amei com ternura essa grande mulher
Meu pensamento por ela se fez prisioneiro
E vivendo da felicidade que tanto se quer
Fui sem dúvida seu homem, seu companheiro

E mulher igual a minha Teti nunca encontrei
Tive seu nome no coração a fogo gravado
E foi com essa mulher que eu mais me realizei
E sei que por ela também fui muito amado

E quando a lembrança dela me chega à memória
Rebusco ansioso perdido em nosso passado
Momentos felizes que compôs nossa história
E que para sempre na alma os tenho gravado

Presente da Vida


À Amarília Couto

No jardim da vida vislumbrei
Uma flor de essência rara
Foi então que eu me inspirei
Para homenageá-la, onde a voz cala

Sussurros que se ouve,é do pensamento
Que tenta da alma algo arrancar
E nesse mundo de extenso encantamento
Simplesmente deixei meu coração falar

E hoje, como ontem e até no amanhã
Será de pouca valia querer demonstrar
Pois, por maior que seja o meu afã
Nunca conseguirei fielmente me expressar

Mas a única coisa realmente que importa
É poder agradecer a vida esse presente
Abriste Amarília, do meu coração,a porta
Numa existência que da vida se achava carente

Talvez nem compreendas o que hoje te falo
Mas é que da vida eu pouco pude receber
A tua amizade para mim foi mais que um fato
É algo que a Deus não me canso de agradecer

Obrigada Amarília pela tua singela existência
Onde com muito carinho a vida me presenteou
Se insisto, as vezes com certa veemência
É apenas querendo demonstrar teu precioso valor