quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Desabafo



Pelas corredeiras da vida
Saltitando, as vezes de alegria
Em outras vezes meio perdida
Para encontrar-me eu tudo daria

Embalada nos meus sonhos
Fugindo da dura realidade
Apenas no meu olhar tristonho
Se revela a mais triste verdade

Fingimento não eterniza
O que em vão procuro esquecer
Ele apenas não externiza
O que busco no peito esconder

São momentos amargurados
Momentos aflitos, angustiados
Decepção a longo prazo
Que muito me tem marcado

Mas para que tantos lamentos
Se em nada, nada vai mudar
Continuarei no meu alheamento
Sem mais tempo para chorar

Buscando um outro trilhar
Motivos para continuar vivendo
Quem sabe um novo brilhar
Não viverei mais me escondendo

Buscarei em outros sorrisos
Nova existência, novos passos
Que me dará novos índícios
De na minha vida um novo marco

Paz, saúde, felicidades
Não importando o jeito
Não ditando a idade
Mas tendo a liberdade no peito

Sonhos, no meu pensamento
Encantos na minha estrada
Desgostos, envoltos no esquecimento
Alegria é o que eu quero nessa jornada

E quando os pensamentos cruzam
Não há mais tempo para o nada
Meus sentimentos já não lutam
Se perderam nas emboscadas

Em luta fria e constante
Se gladiaram meus desejos
Porém gritando incessante
Caindo como um lampejo
Eu sinto a mãe natureza
Me abraçando sôfrega
Me dizendo com firmeza
Não mais te quero trôpega
Pois se queres da vida motivos
Razões para deslumbramentos
Encanta com teu riso
Quem deseja ser teu encanto

Afoga-te em delírios
Esquece os sofrimentos
Teu longo martírio
Aqui jaz no esquecimento

Agora que o dia amanheceu
E a longa noite se foi
O teu sofrido coração carece
De uma nova chance a dois

Na minha beleza de natureza
Digo-te esplêndido será teu sorriso
Abraça o que tanto desejas
Parte para um novo início.

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