domingo, 24 de maio de 2009

Monotonia


À Querida Ana Macário

Já nem sei o que fazer
Pra lhe tirar da minha mente
Seria até mais simples se você
Não me procurasse frequentemente

E esses dias que passam monótonos
Parecendo querer assim me castigar
Me mostra como se fosse de propósito
Cada lembrança que vive a me torturar

E me perco em sonhos e saudades
Embora querendo nunca mais sentir
Esses toques, que num lance de maldade
Ressurge apenas para me ferir...

E debalde busco mais uma vez esquecer
A sua presença viva nos sonhos meus
Mas eu bem sei que tudo será perdido
Se já não me embalares nos sonhos seus

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Um Riso Descontraído



À Minha Amiga Graça Jordão

As vezes quando em ti estou pensando
Me vem à mente em como serão teus momentos
Muitos bem sei,que aos outros os vai ofertando
Mas sei também que há outros modorrentos

Há dias em que te ronda a infinita saudade
E que esta, sem receios se faz presente
Se a vida te impôs momentos de maldades,
Tenho a certeza, ela também foi benevolente

E os teus fantasmas que no passado enterraste
Ainda hoje os tens na garganta sufocado
E o que um dia, ser a tua verdade julgaste
E é justo esse grito que ainda explode calado

E são muitas as vezes que um riso descontraído
Esconde e sufoca sentimentos desencontrados
E esse olhar que sem titubear relanceia atrevido
Vem manifestar calmamente um coração apaixonado

E latente o amor por uma vida e por um sonho
Transborda pelas laterais da tua existência
E se houve fragmentos em tua vida, eu suponho
Que ela própria, os tenha colado com paciência

E como foges dos pensamentos aziagos!
Onde cada roçar do vento lhe fere a alma
Estes são os momentos nunca revelados
São estes os momentos de fingida calma

E a vida insiste sempre em lhe mostrar
O que teu peito se acautela em ouvir
Mas há razões que ainda te fazem sonhar
É só deixar a alma e o corpo sentir

E nessa figura tão altiva e graciosa
Brilha imponente uma força descomunal.
Muitas mulheres conseguem ser virtuosas
Mas como ti, Graça, bem sei que não há igual

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Apologia a Carol



À Querida Carol

A Carol é uma linda menina
E a ela eu quero muito bem
As vezes me lembra uma felina
Com astúcia e garras também

Adoro ouvi-la falar como criança
E nesse momento outros tempos relembro
Ela traz no olhar o brilho da esperança
E espalha o perfume da alegria aos ventos

E é nessa menina que as vezes me vejo
Nessa vivacidade inquietante e singular
E se cerro os olhos percebo num lampejo
Uma outra garota que também soube comandar

Ela tem das estrelas o brilho e a beleza
Que sempre irradia luz onde quer que passe
Por certo tanta graça e real singeleza
Dá a sua existência maior brilho e realce

É pena que o mundo repleto não esteja
De meninas como a minha querida Carol
Pois eu tenho comigo uma grande certeza
Que o nosso mundo, assim, seria bem melhor

Pequenos Bichanos



Na verdade são muitas meninas
Que nós acolhemos por aqui
Pois tem a Jurema e a Nina
A Bellinha, a Branca e a Babi

Sem falar nos dois rapazes
Que fazem parte dessa casta
Na verdade são dois incapazes
Que dá vontade de dar um basta

O Bob é um tanto quanto covarde
E o Sadan também não fica atrás
Apesar de terem até pouca idade
Mas de se defender nenhum é capaz

Tirando os muitos trabalhos
E cuidados que eles nos dão
As vezes eu até que me calo
Pois os gosto de paixão

Cada um tem seu jeitinho
Meigo, doce e as vezes estressado
Porém sempre nos dão muito carinho
E são todos lindos e engraçados.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Um outro sentimento


Busco razões para não mais sentir
O que me deixa tão angustiada
Mas em vão eu tento um pouco definir
O que me deixa assim tão calada

E num processo lento e perigoso
Sinto-me morrer a cada despertar
Talvez eu encontre, bem menos tedioso
Nos meus gritos calados,motivos para falar

E nesse desejo até meio inquietante
Me suepreendo diante do que ouço
E um receio cada vez mais angustiante
Põe em desespero esse meu coração tão louco

E vou vivendo assim... as vezes sem sentido
Sentindo pela vida até bem pouco valor
E sempre encontro num sentimento perdido
Um outro sentimento que me lembra o amor

E sem aperceber-me do final dessa questão
Muito mais triste e angustiada eu me acho
Quebrando em mil pedaços o meu coração
Vou deixando as lágrimas rolarem e me calo

Dolorosa Mágoa


Eu hoje amanheci me sentindo assim...
Como uma pétala levada pelo vento
Que se perde entre as folhagens do jardim
Esperando algo que não se perca no tempo

Eu hoje amanheci me sentindo assim
Meio perdida e meio sem razão
E sem entender nada, por fim
Deixei sangrar sem dó meu coração

A noite chegou e com ela,um por que langoroso
E descobrir a razão de tudo eu bem que quiz
Mas continuei com um sentimento rancoroso
Sentindo-me imensamente miserável e infeliz

E por mais que eu não queira enfim percebo
Essa grande mágoa que machuca e muito dói
E num sorriso um tanto contrafeito
Me sinto asfixiar por esse mal que só destrói