segunda-feira, 30 de julho de 2012

PERDIDAS LEMBRANÇAS



Na penumbra desse teu martírio
Proposta de esquecimento a te torturar
Não deste consolo a esse teu louco idílio
Talvez por isto nunca deixaste de sonhar


E na agonia das tuas perdidas lembranças
Fantasmas do teu ontem te castigam sem cessar
E como se fossem vãs todas as tuas esperanças
A tua alma indiferente já nem consegue soluçar


Como esquecer o que não é pra ser esquecido?
Se no malote das tuas perdidas caminhadas
A estonteante devassidão desse tempo, usufruído
Lembra nesse teu cansaço cada hora desfrutada


Não queira exacerbar tudo quanto viveste
Pois mais nada podes buscar, se no tempo já se foi
Talvez tenha sido sofrido descobrir o que perdeste
Ainda mais se já não há o antes nem o depois


Nunca sinta saudades pelo tudo que viveu um dia
Nem lamentes por tudo aquilo que jamais virá
Se a cada lembrança se aprofunda mais a tua agonia
Te digo: Bem mais sofrido foi o meu triste e penoso calar