sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo


Para todos, um ano novo cheio de paz, saúde, amor e sucesso...



Feliz 20
12

Os Anos Se Vão


Hoje, eu acordei outra vez muito triste
É que o inverno da minha vida não passou
E a cada momento ele sempre insiste
Que os bons tempos... Para mim não chegou

O tempo passa... Os anos se vão
E essa tristeza só tende a crescer
Sinto o fechar amargo do meu coração
Por essa ausência sem fim de você

Dizem que o tempo resolve tudo
Essa afirmação não consigo entender
Pois até hoje meu coração permanece mudo
Fechado para tudo que não seja você...

E receio a cada dia que passa
Do meu sonhado momento não acontecer
Pois eu sinto que meus dias têm luz baça
Que não me deixará contemplar você

E então nesse dia quando eu me for
Perceberás o que de fato aconteceu
Morri prisioneira desse louco amor
Mas mesmo assim... Meu amor não morreu

Até Que O Tempo Se Decida


É um novo ano que está chegando
Onde muitos afirmam ser um recomeço
E muito sobre isso eu venho pensando
Mas por correta eu não reconheço

O certo seria afirmar ser uma continuação
De tudo aquilo que deixamos para trás
Pois até se tenta apagar as mágoas do coração
Mas daí ser um recomeço... Nunca... Jamais

Me diga: Como quebrar o que se guarda no coração
E como esquecer o que tanto queima a alma?
Isso se torna um problema quase sem solução
Já que nada trará de volta a minha sonhada calma

O início de cada novo ano só faz mesmo me lembrar
Que mais um tempo se passou e para mim, em vão
Esse famoso recomeçar seria por em dúvida, desacreditar
Em tudo isso que até hoje move o meu amargurado coração

Quem sabe um dia ainda venha finalmente acontecer
Eu aceitar o que de momento me causa confusão
Porém, se um dia a nossa história eu puder reviver
Acreditarei ser um novo recomeço, o fim da minha solidão

E não será necessariamente o início de um novo ano
Que aconteça em um momento nosso,numa hora qualquer
Que eu novamente ouça você dizer: Como eu te amo
Quero você de volta pra mim... Minha inesquecível mulher

E nesse dia então acontecerá finalmente o recomeço
De uma história que no tempo, infelizmente parou
Vibraremos juntos essa nossa história,esse novo começo
Esses momentos tão loucos que um dia para trás ficou

Mas até que esse momento para nós aconteça
Continuarei ainda por muito tempo a resistir
Pois eu quero que tudo em mim assim permaneça
Até que o tempo se decida por nós e volte a nos unir

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Eu Bem Sei Que Sorrirás...


Nunca conseguirás imaginar o que hoje lhe digo
Nem tão pouco o quanto lhe amei e ainda amo
Meus dias de tédio e noites de solidão, são infindos
E apesar de tudo isso, de nada, de nada mesmo reclamo

O frio da madrugada sempre que me abraça
Traz consigo uma solidão imensa e aziaga
E não há nada que eu tenha feito ou faça
Que me livre dessa nostalgia que me embriaga

E essa dor imensa que em minha alma se aprofunda
É uma tortura nesses meus dias tão sofridos
E a cada momento em que ela mais punge e abunda
Sinto meu peito sangrar num desejo proibido

E eu ainda conservo no refolho do meu olhar
Uma réstia de esperança que me abraça
Pois eu sinto que em algum outro lugar
Também sentes esse amor que o tempo não embaça

E eu bem sei que sorrirás... Sorrirás Sim
Se chegares a ler mais esse meu desabafo
Pois lembrarás que esse amor,até hoje sem fim
Será sempre teu, pois até hoje o guardo

E aí talvez possas finalmente compreender
Essa loucura que até hoje em mim vive
E que nada nem o tempo consegue vencer
Pois é nessa força que a minha alma resiste

domingo, 18 de dezembro de 2011

Apenas Ame E Se Deixe Amar


À Minha Querida Érika

Ontem senti que estavas triste e desiludida
Pois o teu louco e grande amor, ousou te mentir
Mas saiba que essa angústia ainda será esquecida
E com o tempo verás que essa dor irá sucumbir

Nunca penses que a vida será só de flores
As lágrimas também farão parte do teu caminho
Já que na vida nascem e morrem grandes amores
E em certos momentos serás feridas pelos espinhos

Doeu descobrir que o teu amor foi omisso
Não correspondeu ao que tanto querias
Ele falhou nesse grande compromisso
E a falta da verdade roubou tua alegria

Mas nunca se deixe abater por nenhuma dor
Pois a vida nunca deixará de te surpreender
Apenas se deixe amar e ame esse grande amor
Usufruindo cada segundo desse bem querer

Ele mentiu... Muito te magoou e feriu
E teu coração de dor emudeceu...
Mas pense: Quem nessa vida nunca mentiu?
Muito embora tantos amores por isso já morreu

Mas seja verdadeira e não se sinta vencida
Tudo isso só vem para o seu crescimento
hoje tens a alma um tanto fragilizada e abatida
Mas esse pesadelo por certo cairá no esquecimento

Tens a força desse amor que em ti é imenso
E será nele que vencerás qualquer obstáculo
A dor faz parte do aprendizado, por isso penso
Que isso representará na vida um mero espetáculo

Tente superar o que hoje sem dó te machuca
E teu sentimento se fará mais forte e altaneiro
Sempre se paga algum preço por cada luta
Se lutares por e com amor,vencerás o mundo inteiro

E amanhã lembrarás de tudo até com certo desdém
Pois amadurecerás de forma clara e intensa
E será sempre, nesse amor que a tua alma mantém
Que enterrarás o que hoje chamas de dor imensa

E perdoe, pois esse é um nobre sentimento
Que pode fazer renascer das cinzas qualquer amor
E o amor que pelo Ricardo sentes, será o instrumento
Que apagará para sempre todo e qualquer vestígio de dor

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Desculpas


Perdoem-me a falta de postagem, mas estou realmente sem tempo. Entrarei de férias na próxima semana, e voltarei a escrever. Obrigada aos meus fiéis seguidores e visitantes.
Um abraço,

Gil Ordonio

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Meu Eterno Carinho



Ao meu amigo Gibson Rocha

Essa semana foi o seu aniversário
E me lembrei sem muita fantasia
Que a vida são como contas de rosário
E com elas chegará também a nostalgia

E eu sei que você meu querido amigo
Haverá de ter muita coisa para lembrar
E ouça bem o que hoje aqui lhe digo
Pior seria não ter nada para recordar

Eu sei que também lembrarás desse carinho
Que o trato, como se fosses uma criança
Mas serás feliz se pelos seus caminhos
Consegues semear um pouco de esperança

É por teres na alma a pureza dos inocentes
Algo tão raro de se encontrar hoje em dia
É como se o mal não fizesse parte da sua mente
O que deixa mais contagiante esse espocar de alegrias

És daquelas pessoas que parecem nunca crescer
Que conseguem conservar naturalmente a meiguice
E isso é muito bom...Para que sempre você
Consiga driblar da vida todas essas chatices

Que nunca lhe abandone esse espírito infantil
Pois ele lhe empresta uma ingenuidade sem par.
E que sempre haja na sua vida momentos nota mil
E que o sucesso garantido sempre possas alcançar

domingo, 6 de novembro de 2011

Falta De Experiência


Foi mais um sonho que perdurou por muitas luas
E nem mesmo o tempo, dele me fez desistir
E como previsão de projeto, despida, tão nua
Meu sonho te tocou...Sentiste o abraço mas decidiste fugir

Como pudeste permitir a um tão lindo sentimento
Ser ofuscado na tua fria e indiferente covardia
Preferiste viver num mundo de total fingimentos
Matando sem dó a tua maior e mais bela alegria

E este sorriso que hoje ensaias quase sem amor
Numa solidão pelo tempo abrigada e não desgastada
Vives a disfarçar com perfeição essa pungente dor
Que te acompanhou ao longo da tua jornada

Fostes cruel contigo mesmo ao relegar teu maior sonho
Sem pensar te afastaste da tua maior verdade
Te deixaste vencer por um medo sem sentido,mas medonho
Consequência talvez da falta de experiência na tua idade

Tanto Para Lembrar


Categoria:

Fecho os olhos e me concentro na música que estou a ouvir... Roberto Carlos, E por isso estou aqui... Uma buzinada próxima me trás de volta a realidade. E eu sinto como se o tempo tivesse parado. É uma sensação tão forte que tenho a impressão de ouvir minhas filhas gritando numa disputa de voleibol.
Sentada no terraço, olho para onde ficava a rede e parece-me vê-las pulando ao dar uma cortada e sorrio ante a lembrança da parada para o lanche.
O tempo passou... o tempo levou e semeou minhas esperanças... A saudade do que não volta mais chega a doer... Tanto para lembrar e tão pouco para viver.

Fim De Brincadeira


Categoria: Crônica

O barulho da usina em plena moagem parece dar mais vida a essa paisagem desgastada pelo tempo. Ao longe observo os corvos voando em busca de alimento.É sempre assim quando há queimada no canavial.
Dois homens mexendo num poste, me faz lembrar de um acidente ocorrido há mais de vinte anos, quando, por uma fatalidade do destino o rapaz encarregado do setor de elétrica,numa tarde de chuva fina, sobe por engano num poste de alta tensão e morre eletrocutado. Até parece que estou vendo o corre corre daquela fatídica tarde.
Essas lembranças desagradáveis logo é substituída pelo grito de uma criança... Olho e a vejo rodeada pelas demais... O que aconteceu? Um dos moleques foi apedrejar um pássaro, a pedra bateu na árvore e acertou a cabeça de um garoto.
Fim de brincadeira... todos correm para as suas casas ao ouvir um grito de uma mãe enraivecida.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Saudade Boa


Esse vento que sopra preguiçoso
Que não consegue varrer minha lembranças
As vezes até me lembra pensamentos bobos
Daqueles que só os têm, as crianças

A paisagem bucólica de pura nostalgia
Me trazem recordações que chegam a doer
O burburinho das crianças em sua alegria
Me lembra outras crianças que eu vi crescer

E não falo só das minhas filhas que aqui cresceram
Mas de todas aquelas que por aqui eu via passar
A maioria cresceu, casou...Outras no tempo se perderam
E algumas poucas, agora adultas, aqui resolveram ficar

Tempos bons... Saudade boa que eu ainda consigo sentir
E pareço ainda ouvir os risos das crianças a espocar
Mas o tempo, esse, hoje ainda consegue me fazer sorrir
Diante dessa muitas lembranças que insistem em voltar

Nada Mudou


Categoria: Crônica


Nessa tarde modorrenta, observo a movimentação dos caminhões de cana que passam carregados para a usina, e é sempre a mesma coisa, desde a primeira vez que aqui estive.Um ou outro grito se escuta dos trabalhadores que se comunicam, mas que apenas eles entendem o que está sendo dito.
Observo crianças que passam correndo, outras que param na esquina conversando, como se discutissem algo muito importante. Pelo que vejo, nada mudou nesses mais de vinte anos que conheço esse lugar, a não ser pelas caras novas que tenho visto. De resto está tudo igual... Pais que se aposentam e os filhos vão ocupando seus lugares... Os mesmos sons... A mesma nostalgia... o mesmo tédio... Quase que o mesmo tudo

domingo, 16 de outubro de 2011

Outros Momentos


Esse bafejo morno que chega ao meu pescoço
Impregnando meu todo,me lembrando outros momentos
Me fazendo reviver seu toque mágico e gostoso
Que até hoje não me sai da cabeça,para meu tormento

Esse som que lembra o farfalhar de uma palmeira
Me faz voltar no tempo...Quando eu ainda o esperava
E sinto na pele como se eu ainda fosse a primeira
A sua primeira... O seu primeiro sonho que buscavas

Fecho os olhos e pareço sentir seus longos dedos me tocando
Sua língua...Como labareda a queimar-me por inteiro
E o seu olhar lascivo a penetrar na minha alma, me desejando
Me possuindo, marcando-me para sempre como o seu amor primeiro

Nunca mais eu pude sentir a magia da sua encantadora sedução
Nem dos seus toques,que ao lembrá-los ainda me faz enlouquecer
Até hoje, me sinto presa nessa grande e inexplicável ilusão
De que um dia ao abrir meus olhos, vou ter diante de mim você

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Não Importa O Tempo


Á Minha Irmã Georgete

A minha irmã, a Georgete
É uma menina do bem
Com ela a gente se diverte
Pessoas como ela, é raro também

Procura sempre aos outros ajudar
A maldade com ela não tem vez
É uma pessoa digna de se admirar
Dela, passa por longe a insensatez

E sempre que ao telefone nos falamos
Me vem a mente as mais doces lembranças
Daquelas que não importa o passar dos anos
Pois são recordações que nos enche de esperanças

Confesso: O nosso convívio é até muito pouco
Mas também em nada a nossa amizade interfere
E nessa vida agitada e nesse mundo louco
As lembranças, a nos procurar nos impele

E não importa o tempo nem a curta distância
Que ainda temos a nos manter separadas
Ouvi-la, sempre me transporta a nossa infância
E é um sentimento que nos une, mesmo se caladas

A minha irmã Georgete é realmente uma pessoa incomum
Eu diria, um anjo, com palavra amiga a quem precisar
E até hoje não consigo me lembrar de momento algum
Dela ter dado as costas a quem um dia foi lhe procurar

Pela Última Vez


Meu dias se perdem em saudades
E minha alma agoniza na solidão
O muito que tenho em amizades
Se resume a uma minúscula porção

E a cada novo dia que vem surgindo
Sinto aumentar a tristeza do meu coração
Eu queria não viver para mim mentindo
Fingindo sempre, enganando-me a cada ilusão

Da vida o muito que tive sempre foi pouco
E o melhor até a mim, esse nunca chegou
Meus gritos de protesto contra a vida foram roucos
Pois o medo, a esses meus gritos sempre sufocou

E é assim que sempre vou levando essa minha vida
Que de angústia em angústia vivo nelas a mergulhar
E a minha alma tão desgastada e tão sofrida
Muito em breve eu sei, irá finalmente descansar

E até receio que para isso não falta muito tempo
O meu corpo cansado isso já está a demonstrar
E nesse dia terei meus pensamentos soltos ao vento
Tentando numa derradeira vez poder te alcançar

E eu sei que dessa vez será mesmo assim
A vida eu sinto não terá como isso desfazer
Já que será meu último desejo... Nesse meu fim
Deixar a minha saudade afagar pela última vez você

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Vítima


Será que eu fui do destino uma vítima?
Ou... Sou uma vítima sem referencial
Vítima triste... Vítima sem igual
Vítima das circunstâncias...
Talvez a vida com sua arrogância
Me tenha feito apenas mais uma vítima
Vítima do destino,e tão somente desigual

Uma vítima do acaso
Do descaso
Ou uma vítima diferente...
Talvez apenas
Indiferente
Perdida em meio a tanta gente
Que as vezes me dirigem um olhar
Como se eu fosse uma indigente
Pensando que nada vou perceber

Mas assim é a vida...
Para uns sorridente
Já para outros... Infelizmente
Só a tristeza
À sua porta vem bater...

E a vida continua com seus momentos
E alguns tão incabíveis,
Que de momento nem os consigo citar...
Outros são um tanto calmos
Mas as vezes tão descontentes
Que logo descubro
Ser melhor continuar a sonhar

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Um Novo Horizonte


Categoria: Conto

O barulho do trem parece não incomodá-la... Afinal, nada mais a incomoda... Nada mais parece fazer sentido.
Olhos fechados... Pensamento longe, perdidos... Hilda tenta refazer o último trajeto,mas sente ser incapaz. o que teria acontecido para que sua mente se apagasse, negando a ela as lembranças de dias antes? Não sabe, não consegue recordar de nada por mais que se esforce.
Tudo acontecera numa manhã de segunda-feira... Era um dia como outro qualquer. Ela acordara cedo, se arrumara e saíra para trabalhar. Ela trabalhava como secretária numa grande empresa. Mas isso era tudo o que ela conseguia lembrar. O que acontecera a partir daí, continuava sendo um mistério e ao que se percebia, estava ficando difícil de ser desvendado. Segundo alguns depoimentos, ela havia sido encontrada vagando naquele fatídico início de semana.
A Hilda lembra de tudo sobre ela, menos do fato acontecido naquela manhã após ter saído de casa. A polícia nada encontrou de errado que ajudasse numa possível explicação ou justificativa nesse estranho e súbito ataque de amnésia. Sem dúvida era algo bastante intrigante.
Ela se levanta e caminha devagar para a saída da estação. Ela tem os pensamentos em
desalinho, e se angustia diante do pesadelo que tem se tornado a sua vida desde então.
De resto tudo continua normal, como sempre. Do trabalho para casa e vice versa. Não gosta de sair para se divertir, tem poucos amigos e família, nenhuma por perto, todos moram em outras cidades, apenas ela mora ali...Essa havia sido a vida que ela escolhera para si, após o acidente que vitimou seu esposo, a um pouco mais d três anos. Sozinha, chorou a sua dor durante meses, agora vivia só, muitas vezes pensando no sonho que fora a sua curta vida de casada, mas ela tem consciência de que foram oito meses de felicidades.
De repente ela para atônita e com um débil gemido desmaia... Ela estava saindo da estação... E, socorrida por funcionários da rede ferroviária, é levada para o hospital e ao retornar, parece em pânico... Grita e soluça ao mesmo tempo. Sim... Finalmente ela lembra do que havia acontecido na manhã daquela segunda-feira. Agora ela tinha absoluta certeza do que vira. Era ele, o Rafael,o seu marido que estava naquela estação ferroviária.
Esclarecida a situação, o médico a libera.
Hilda toma um táxi e parte para a estação. Ao chegar ela observa aquele homem barbudo, maltrapilho,mas que percebia-se ser ainda jovem. Ela se aproxima emocionada.Tenta puxar conversa mas ele se esquiva. Ela insiste e logo estão conversando. Ela pergunta o que ele está fazendo ali, ele diz não saber bem o que aconteceu. Tudo o que ele se lembra é que sofrera um acidente, estava em um carro com um homem, e que no momento do acidente, havia sido atirado para fora do mesmo, e provavelmente batido com a cabeça e mais nada conseguia lembrar. Passara algum tempo no hospital e após receber alta, ficara a vagar, pegando carona de um lado pro outro, e assim chegara aquele lugar. Hilda então se lembra que logo após o funeral, ela havia se mudado para outra cidade na inútil tentativa de esquecer aquela tragédia que pôra fim a uma vida de intensa felicidade.
O homem que fora enterrado no lugar do seu marido, havia ficado completamente irreconhecível, pois o carro pegara fogo ao cair no abismo. e ela não parara por um momento sequer para questionar qualquer coisa que fosse, pois nada havia para ser questionado.
Ela olha feliz para aquele homem e o abraça carinhosamente, enquanto ele a observa meio assustado.
Ela sorri...Olha-o nos olhos e diz que ela é a sua esposa, que irá levá-lo para casa e com a ajuda da medicina e o tempo, ele irá se lembrar de tudo.
Abraça-o e procura com avidez pelos seus lábios, e sente na retribuição daquele beijo que um novo horizonte está surgindo e que brilhará forte e não demorará para acontecer

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Só Mesmo O Velho Tempo


Eu amo o meu passado... Aquele passado
tão passado
e que na verdade nunca passou,
pois vive entranhado no presente,
onde parece que tudo já foi...Já acabou.

Um presente mais que descontente...
Um presente insatisfeito,
que nem devia ser presente,
pois certos presentes
só mesmo o velho tempo
é quem pode ser o doador,
ou seja o grande malfeitor.

E o futuro, este sempre tao incerto,
que como páginas viradas
se perderá nesse provável deserto
onde a falta de carinho não deixa mais chover
e há muito nem sequer orvalhou...

E ai eu me pergunto
em qual tempo o tempo cruel
menos castigou?
Só mesmo o passado, pois até hoje
esse ele nunca matou...
E tem sido ele o meu futuro tão esperado
e o meu presente que ainda não chegou

Por Entre Os Dedos


Categoria:

O meu olhar nostálgico se descortina por toda a cidade, e eu sei que em cada canto uma história foi vivenciada, e eu faço parte de algum enredo.
Ao longe vislumbro o mar revolto que em outros lugares espumeja na areia, mas que ali geme de dor ao se chocar nas pedras. A monotonia dessa tarde é quebrada pelas lembranças que insistem em me visitar...Nem parece que já se passaram mais de três décadas, e eu era só uma menina... Mas me lembro muito bem, quando naquelas longínquas tardes, muitas vezes eu me debruçara sobre a ponte Agamenon Magalhães(conhecida como a ponte do pina),onde eu deixava o meu olhar vagando em busca provavelmente do que seria hoje...
A nostalgia invade... A saudade dói... Em dado momento a ouço gritar, querendo agarrar o que me foge por entre os dedos... Vida... Histórias que foram levadas pela correnteza das muitas águas que rolaram por baixo da ponte do tempo.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Reconhecendo



Por instantes imaginei ter visto
O que em sonhos sempre estou a buscar
E são nesses momentos, em definitivo
Que encontro forças para na vida continuar

Incansável aprendiz dessa eterna paixão
Sempre procuro por você para me encontrar
E o que dita com força o meu coração
É que eu devo insistir para então lhe ganhar

E mais uma vez... Assim, meio perdida
A contemplar as centenas de rosto que vejo
Eu sinto pela nossa história vivida
Que é impossível diminuir esse meu desejo

E a cada dia que vai passando
Em outros rostos sempre estou lhe vendo
E eu sei que é por viver lhe desejando
Que em todos os rostos vou lhe reconhecendo

O Troféu Era Você


Hoje eu senti uma dor tão aguda
Que cheguei a pensar que não a suportaria
Inutilmente ainda pedi aos céus ajuda
Pois eu sabia que de ninguém o bálsamo chegaria

E para o meu desespero a dor mais se acentuou
E eu senti o meu peito dilacerando sem cessar
As lágrimas caíam, a angustia jorrou
Senti então que a minha vida alí iria parar

Era tanta angústia ao desespero se misturando
E a minha vida como um filme eu vi passar
E vi a minha vida em nuances de mim zombando
Era muito sofrimento que eu não tinha como parar

Que tristeza implacável... Nada de bom a sobrar
E sei que é muito difícil querer transmitir
O que já nem tenho conseguido sequer imaginar
Mas sinto que da vida eu posso finalmente deisitir

Isso é o que me restou de anos de ilusões perdidas
Décadas de sonhos perseguidos... Sempre em vão
Talvez essa existência miserável,sem sentido,sem vida,
Destruiu o que suportou com lealdade o meu coração

Vivi... Como um mero fantasma pouco queixoso
Vivi... Como uma sombra perdida a vagar
Sufoquei-me em meio aos desgostos sempre desejosos
De um dia conseguir sem receios finalmente respirar

Já não poderei me perguntar o que farei agora
Pois já não há mais tempo pra querer esperar
Talvez seja essa realmente a minha última hora
E eu nem deva em esperanças ainda querer pensar

Pois eu sei que morro... Como sempre vivi...
Olhos rasos d'água, coração suspirando por temer
É que eu sei que morro sabendo que para a vida perdi
Perdi a batalha mais importante... E o troféu era você

E sinto que ao morrer tão sozinha... tão vazia
Percebo que isso é tão somente a continuação
Dessa minha existência de resumidas alegrias
Tão cheia de planos perdidos, mas repleta de solidão

domingo, 11 de setembro de 2011

A Desnudar-me Voluptuosamente


Eu as vezes sinto ímpetos de saber
Como será que vives a tua vida
E o que tens feito para esquecer
A história que por nós foi vivida

E muitas vezes eu penso em tudo
Que um dia por mim foste capaz
E as lembranças de cada minuto
Ainda tira do meu viver a paz

São recordações que me atordoam
Pois nelas estão as muitas emoções
E por mais que elas ainda me me doam
Não consigo amargar as muitas desilusões

Ah! se pudesses ver hoje em dia
Sentirias que muito pouco restou
Em mim não há vestígios de alegria
Pois só há fingimentos e muita dor

E eu não esqueço teus braços aconchegantes
Nem os teus lábios de beijos tão ardentes
E de modo lúbrico, meus sentidos estonteantes
Vê teu olhar a desnudar-me voluptuosamente

Outra Vez


Essa ausência tão grande de paz
Que rodeia a minha alma entristecida
Sempre me mostra que o tempo não foi capaz
De evitar todas essas lágrimas vertidas

Foram tantas noites de intensa solidão
Que a tua ausência em mim provocou
E hoje o desalento que mora em meu coração
É consequência da perca do teu amor

E pra mim tem sido quase impossível
Viver... Pois eu vivo como quem morre
Pois no meu entender é muito difícil
Viver uma vida que não se escolhe

E assim a minha vida perdida se fez
É que eu vivo só de lembranças e saudades
Muito embora eu ainda espere outra vez
Ainda vivermos momentos de felicidades

Vida Destroçada


Quantas vezes, cansada de tudo me aconchego
Nos tristes e frios braços da minha solidão
Para sentir um misto de tristeza e medo
Ao perceber toda a fragilidade do meu coração

E mergulho na indiferença desse abraço
Sentindo que em nada ele pode me ajudar
E sinto aos poucos me asfixiar nesse laço
Que como tentáculos parecem me aprisionar

Já não há mais brilho em meu olhar
Há muito este perdeu a beleza e o calor
A emoção já não consegue me motivar
Pois em minha vida é forte o desamor

E assim, pouco a pouco consigo perceber
O grande tumulto formado em minha vida
É que o destino levou pra sempre você
Só me restando as lembranças incontidas

E as lágrimas ao correrem livremente
Lavam a minha alma já tão amargurada
Eu sei que nos perdemos, infelizmente
E para mim só restou uma vida destroçada

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Viúva De Marido Vivo


Categoria: Crônica

E a Nice se remoia... As vezes de ciúmes, as vezes de necessidades,mas vivia a se remoer. Seu marido, o Paulo,não mais se fiava na condição de macho, embora não fosse tão velho (62 anos), mas jurava de pé junto(como se fosse defunto, e olha que já estava mesmo pra defunto), que não havia mulher nenhuma na vida dele (e ele tava certo, pois nem a Nice era mulher na sua vida (também pudera, ninguém manda casar com mulher muito mais nova).
E o tempo vai passando... O coitado do Paulo, (o defunto vivo, como ela dizia) continuava apagado, e já nem insistia mais,não tinha mesmo jeito. O pobre infeliz já nem sabia mais como fazer o que devia de ser feito. E a Nice continua a se remoer... Até que um dia ela mesma resolve cuidar da situação. Se emperiquita toda, põe seu perfume mais cheiroso (para quem não tem gosto refinado, aliás nem precisa de tanto, basta ter um pouco de bom gosto), e sai a cantarolar... Afinal ela podia... Claro que podia, ainda era jovem e... Viúva... Viúva sim... Ainda que fosse de marido vivo.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Aconteceu...


Categoria: Conto

No calor de uma tarde de verão, um olhar perdido no horizonte vislumbra um vulto que insiste em toldar aquela visão. Inexplicavelmente ela sorri para si mesma, pois já pressentira uma tarde diferente das que tivera até então.
Um olhar negro parecia perscrutar aquele íntimo...Olhar insistente...Ousado...Comprometedor. Olhar de um homem sobre uma mulher... E ela era apenas uma criança.
Muitos outros verões aconteceram e aquele olhar sempre a lhe perseguir, seduzindo-a enlouquecendo-a (mesmo a distancia, só nas lembranças), induzindo-a a um mundo totalmente estranho, mas que conseguia lhe embriagar de desejos, diante daquela arrebatadora paixão.
De início tudo fora inocente, nada assustador, já que tudo começara com uma simples admiração.
Mas como passar do tempo, a vida foi lhe ensinando a ser menos inocente, e mais provocadora e talvez inconsequente. Até que um dia tudo se fez... O botão se transformou numa rosa perfumada... Já não havia mais uma menina, e sim uma mulher. Não mais se ouviria o riso cristalino que encantara a tantos. Já não havia aquele olhar que em sua inocência conseguia sedutoramente prometer o que desconhecia.
Agora... Ali havia uma mulher de olhar tentador, gestos ousados, ela havia perdido a serenidade daquela sedução quase pueril. A inocência não mais fazia parte daquela alma. Um amor transloucado, lascivo e devastador cobrira aquele corpo de prazeres nunca dantes imaginado. Daquela pureza restou apenas o olhar esquivo de quem aprendera a sonhar... A desejar...A sofrer.
Aconteceu... O amor desabrochou, o lindo botão se transformara,e de tudo, apenas profundas cicatrizes foi o que restou. O mais lindo sonho foi se desfolhando diante do tempo.
Hoje, uma brisa sopra o calor de mais uma tarde de verão, bem diferente de outras tantas tardes que passaram por aquelas vidas.
Ao longe Um trovão anuncia uma tempestade, e esta será tão rápida como toda chuva de verão...Bem diferente da que se fez naquele viver, pois até hoje, ela ainda ouve o trovejar da sua alma enlouquecida pelo calor dessa eterna paixão.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Infelicidade


Você sabe realmente o que seja a infelicidade?
É algo que ultrapassa as barreiras do meu entender
É o que tem nesses anos transformado as minhas verdades
É tudo aquilo que consegue me levar pra longe de você

É essa agonia sempre tão constante na minha vida
É essa ousada ausência que nunca consigo compreender
São todas essas tristezas que me são permitidas
É na verdade toda essa dolorosa saudade de você

Infelicidade também é esse descabido tormento
Desses longos dias e infindas preocupações
É na verdade esse incompreensível desmoronamento
Dos meus lindos sonhos e das minhas doces ilusões

Infelicidade por certo é tudo isso que me consome
No dia a dia dessa minha infinita e preocupante dor
É com certeza essa provocante sede e inevitável fome
Que o meu corpo sente pela imensa falta do seu amor

Minha Fantasias


No meio de tanta tristeza e solidão
Surge um alento inesperado em meu caminho
Que alivia as amarguras do meu coração
Arrancando da minha alma alguns espinhos

E sinto um pouco de alívio tomar conta do meu ser
Quando antes, era apenas a dor que habitava em mim
E meu coração se enche de suavidade se falam em você
Pondo em meus pensamentos muitas lembranças sem fim

Mas de repente me surgem reminiscências do início
Que algo como um flash, outra visão de tudo vem me dar
Que parece ter registrado em minha vida um outro indício
Um algo que sempre existiu e eu nunca fui capaz de enxergar

E em instantes por um outro flash a minha mente é invadida
Sendo de situações e momentos que um dia me foi constrangedor
São algumas lembranças que no tempo fui ocultando da minha vida
Pois realmente nada de bom para minha vida trouxe ou provocou

E foi assim, dessa forma, que friamente me pus a refletir
Pois quando a verdade dos fatos em mim se fez presente
Meus sonhos inquietos também se foram e eu pude sentir
Que as minha fantasias, foram apenas fantasias...Infelizmente

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Reminiscências Imperfeitas



Minha tristeza anda tão aparente
É que já não consigo mais esconder
Para alguns, não tem sido indiferente
E não ouso confessar que a razão é você

E a minha mente sempre tão traiçoeira
Me lembra palavras e gestos tão frios
Essas lembranças nunca serão as derradeiras
Nem tão pouco virão em momentos tardios

Serão sempre lembranças dolorosas para mim
Recordações tão amargas e nunca bem aceitas
Elas até se revelam sem início e sem fim
São reminscências amargas e também imperfeitas

E nos momentos de silêncios constantes
Quando as imagens se confundem na minha mente
Me sinto dessa vida apenas um mero viajante
De olhar perdido, nesse vazio e triste poente



São

domingo, 14 de agosto de 2011

Falta-me Tudo Enfim


Hoje percebo ser inútil eu querer revidar
Todas as muitas maldades que a vida me fez
Tento apagar da alma o que ainda me faz chorar
Tento esquecer os tormentos que a vida não desfez

E nessa amargura quase sempre enlouquecedora
Ainda sinto o gosto dos sequiosos lábios seus
E um frenesi ante sua boca voluptuosa e esmagadora
Que com lascívia e sofreguidão possuía os lábios meus

E a minha alma diante desses meus pensamentos
Vibra lubricamente ante minhas saudosas lembranças
E num sensual,desmedido e profano arrebatamento
Ainda me vejo com audácia retendo um fio de esperança

E vou me deixando por essas lembranças seduzir
Rebuscando em cada canto do meu infeliz ser
Toda essa magia que um dia me fizesse sentir
Num desejo louco que sempre emanava de você

E nunca mais consegui de fato me realizar
Sempre falta-me algo, falta-me tudo enfim
Falta seu corpo para eu lascivamente tocar
Faltam suas voluptuosas carícias sobre mim

Pela minha mente revejo meus cabelos em desalinho
E a saudade que me invade parece me enlouquecer
Pois falta o alimento da minha alma...Seus carinhos
Falta-me tudo em suma... Pois falta em mim... Você


Ceticismo Absoluto


Existem coisas na minha vida
Que eu gostaria muito de esquecer
São coisas que muito me magoam
E que em nada me fazem crescer
Foram momentos de grande dor
Situações de desamor
Noites sem brilho e sem cor
Em todos esses momentos faltou você

Pelas estradas da vida percorri
Sempre com a alma e os pés desnudos
Sobretudo desarmada e despreparada
Para essa falta de você nisso tudo
E nessa minha jornada sempre busquei
Afogar as mágoas por tudo que deixei...
E tudo em mim não mais se fez
Num momento de ceticismo absoluto

E mesmo sabendo ser em vão qualquer tentativa
De esquecer o tudo que um dia me fizesse viver
E talvez seja por isso que eu ainda procure
Uma outra chance de ter de volta você
E sofro diante de cada luta perdida
De cada sonho desfeito, onde minha alma ressentida
Ainda vive a lhe desejar de forma atrevida
Pois sei o quanto, ainda vives a me querer




quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Passou-se O Tempo


Eu sei que todos os desgostos sofridos
(e olha que não foram poucos, eu sei)
Abreviaram ainda mais os dias meus
E foram sempre muito amargos...E cada um por sua vez
Foi pouco a pouco me tirando a alegria de viver
Mas eu ainda lembro tudo quanto você
Sem pudor me dava em prazer
Pois sempre foi assim que entre nós tudo se fez

Hoje,de tudo distante... Vejo pelo meu olhar de tédio
Bailando as sobras do tudo que me fizeste viver
(e bem sabes que foram muitas loucuras)...
Talvez por isso, até hoje, nada consegui esquecer
E não houve nada que eu não tenha sentido
Pois entre nós tudo nos era permitido
Era amor puro, paixão intensa...Nada fingido
E foi tudo isso que um dia eu tive de você

Passou-se o tempo e meus sentimentos a tudo resiste
Embora no tempo...O tempo, quase tudo isso levou
E não importando o que o destino permitiu
A minha vida soçobrou nas mágoas desse amor.
E amar assim como amei, nunca mais... Não tem jeito
Pois nem as cicatrizes que ainda guardo no peito
Consegue taxar esse amor de imperfeito
Pois eu sei que foi algo muito grande,raro e embriagador

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ruínas Dos Meus Sonhos


Já não é comigo que partilhas teus sentimentos
Também não é comigo que somas as tuas emoções
Embora eu saiba que ainda ocupo teus pensamentos
Mesmo assim eu sei já ser outra a dona do teu coração

E ainda assim eu tento manter a minha mente ocupada
Pelas lembranças que nunca deixam de povoar os dia meus
E vou lembrando de quando eu ainda era a tua mui amada
A grande possuidora dos carinhos e dos sequiosos beijos teus

E são essas muitas lembranças que tanto me tem maltratado
Tornando cada vez mais difícil esse meu infeliz viver
Pois ainda assisto às ruínas dos meus sonhos mais amados
Já que o meu maior projeto de vida consistia no teu bem querer

sábado, 6 de agosto de 2011

Os versos que não fiz, mas que te dou...



(Plágio)Poema de JG de Araújo Jorge
"Os versos que te dou
Do livro Meu céu interior"


Ouve estes versos que te dou, eu não os fiz
e hoje que não sinto o coração contente
pois o teu amor não é mais meu, infelizmente,
no plágio destes versos...Mostro quanto sou infeliz..
.
Mas eu ainda farei outros versos pela vida afora,
serão versos de sonho e de amor, pois sei que depois
irei relembrar todo o passado de nós dois...
esse passado que não começou agora...

E serão versos repletos de ternura,
que são meus, e teus, também...
Sozinho, hás de escutá-los sem ninguém que
possa perturbar vossa ventura...

Quando o tempo branquear os teus cabelos
hás de um dia mais tarde, revive-los nas
lembranças que a vida não desfez...

E ao lê-los...com saudade em tua dor...
hás de rever, chorando, o nosso amor,
hás de lembrar, também, de quem os fez...

Se nesse tempo eu já tiver partido e
algum outro verso quiseres, teu pedido deixa
ao lado da cruz para onde eu vou...

Quando lá novamente, então tu fores,
pode colher do chão todas as flores, pois
são os meus versos de amor que ainda te dou.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Morte Das Minhas Fantasias


Hoje, mais uma vez o sono me abandonou
A madrugada nem tão silenciosa já vai alta
E talvez pela noite chuvosa que a tudo provocou
Eu mais uma vez pude sentir como me fazes falta

E o barulho incessante da chuva na minha vidraça
Faz o meu pensamento sair rodopiando de saudades
E a minha alma cansada entrevê na luz quase baça
A morte dolorosa das fantasias de minhas verdades

E a manhã se aproxima fria e indiferente por mim
Nem parece notar meu olhar de penúria e sofrer
E parece que só eu entendo que será o meu fim
Se eu continuar sozinha... Apenas desejando você

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O Vagabundo


O vagabundo na esquina
De roupas rasgadas e pé no chão
Não quis para si essa sina
A de manter estendida a sua mão

Esmola por um pedaço de pão
E sempre faminto ele está
As vezes a alegria visita seu coração
Sempre que consegue em pensamentos voar

Mas esse pobre homem tão desprezado
Já teve na vida uma situação melhor
Mas o destino lhe foi desgraçado
E agora vive numa situação de penúria só

E o tempo pra ele sempre vai passando
Mas em sua vida nada tem melhorado
Quem sabe o infeliz esteja pagando
Por algo que não devia ter provocado

Mas isso é algo que não compete a mim
Por qualquer razão querer a ele julgar
Só acho triste alguém ter esse fim
Que só é feliz quando consegue sonhar

E sempre está sonhando com uma mesa farta
Roupas cheirosas, cama macia,vida decente
Mas talvez as suas alegrias fossem parcas
E desconhecesse até o amor, infelizmente

Mas ser vagabundo, nem é essa a questão
O que vejo é um olhar triste e ausente
Por certo háfome de amor em seu coração
Transformandoó ainda mais num descrente

Noites insones e misérias constantes
Assim tem sido a vida desse pobre infeliz
E nos momentos as vezes um pouco alucinantes
Chora por sobre a alma essa vida que nunca quis

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Diante Do Espelho


Hoje parei diante de um espelho
E o que vi me deixou enraivecida
Minha pele perdeu toda a vivacidade
Só restou uma tez pelo tempo destruída
E vi desfilando à minha frente todos os anos
Onde sinto que não sobreviveu nem meus arcanos
Pois vi diante de mim,como um pesadelo,caindo o pano
Que por anos havia encoberto toda uma vida perdida

O tempo cruel me deixou marcas muito profundas
Mas a insônia por tua ausência também foi causador
Desse aspecto tão cansado de uma vida tão sofrida
Que se deixou abater pelas agruras de um amor
Essa é uma constatação, para mim deplorável
Se esgotaram meus anos, meu tempo memorável
Só me restaram as marcas do tempo, que implacável
Me deu essa visão que simplesmente me transtornou

Esqueci que o tempo passa e a velhice chega
Nunca me imaginei assim... Me senti diferente
Perdi-me no contar dos anos... não os vi passar
E eles por mim passaram de forma inclemente
Não sei para mim o que possa ser pior do que vi
Se ter descoberto agora que no tempo me perdi
Ou porque esse é o reflexo de uma vida que vivi...
Vida vazia, sem sentido...Que deixei na dor naufragar

Que Me Lembre Você


Essa é uma etapa da minha vida
Que preciso encerrar com urgência
Cansei de ser por tantos esquecida
Perdi meu elo com essa existência

Minha vida foi uma eterna busca
Que em nada me valeu ou me fez feliz
Perdi meu tempo nessa incansável rebusca
Pois toda lembrança me deixava mais infeliz

E não posso continuar nesse tolo sacrifício
Onde a minha alma morre cada vez mais só
E sinto que tudo isso só levou ao exício
Da minha alam que me faz agonizar sem dó

Devo buscar a paz e não o sofrimento
Até eu preciso um pouco melhor me entender
Se só se vive uma vez, que venha o esquecimento
Descendo sobre tudo aquilo que me lembre você

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Um Gemido Triunfal


Se eu pudesse parar o tempo
Desfazer as dores que trago na alma
Se eu pudesse transformar meus lamentos
E ter meu espírito envolto na calma

Faria do tempo meu fiel escudeiro
e nas muitas mágoas eu poria um fim
Talvez eu até gritasse para o mundo inteiro
Que finalmente eu não mais teria dó de mim

Não precisaria às escondidas correr
Para meu choro ninguém alcançar
Não viveria a sonhar tanto com você
Pois eu o teria no meu leito a me amar

Não mais sofreria pelas madrugadas
Nem a sua ausência eu teria para chorar
Eu sentiria a minha alma enlevada
A cada manhã quando fosses me amar

Ah! se eu pudesse parar o tempo enfim
Nãomais precisaria de sonhos viver
Eu teria finalmente só para mim
A única coisa que quero que é você

Se o tempo eu pudesse parar
O faria num momento muito especial
e eu poderia amar de forma singular
E a cada gozo um gemido triunfal

Nas Sobras Da Minha Loucura



Nessa tarde de sons tão saudosos
Apreciando a bucólica paisagem
Sentindo meus cabelos revoltosos
Sendo sacudidos pela aragem

Tranco o coração num soluço embargado
E revejo meu passado quase sem emoção
Aumentando a dor do meu existir amargurado
Ao lembrar cada sonho perdido,cada ilusão

Minha mocidade passou e eu nem percebi
a maturidade me abraçou sem nenhum prazer
Até parece que nenhuma emoção eu vivi
Tal a força do meu desprezo pelo meu viver

Sempre busquei em cada momento reter
As lembranças que me faziam prosseguir
Percebi que apenas eu vivi por viver
E isso foi o tudo que eu pude conseguir

Hoje o som dessa brisa nem tão suave
Me enche de tédio e também de rancor
Cada som,lembra a dor que trago num entalhe
Por uma vida sempre tão vazia... Vazia de amor

E até confesso com uma certa amargura
que nem mesmo por você me fiz entender
E hoje agonizo nas sobras da minha loucura
Que foi passar a minha vida toda amando você

Faltou Você


Uma prisioneira infeliz e desgraçada
É tão somente isso o que sou realmente
A melhor parte de mim, tive destroçada
Agora já posso encarar tudo friamente

A princípio achei que havia algo errado
NO meu modo de pensar e também de agir
Eu parecia viver num mundo encantado
Talvez porque eu nunca vivi,apenas existi

Querer ser livre e correr como criança
Poder sonhar sem medo de qualquer pesadelo
Deixar-me envolver pelas minhas esperanças
E nenhum momento ruim eu chegasse a vivê-los

Mas a minha existência foi sempre de enganos
Acreditei...Pensando que era também amada
Ent;ao percebi ser melhor esquecer meus arcanos
Pois na minha vida nunca teria uma linda alvorada

E hoje, ao olhar para o meu ontem percebo
Que fui apenas umamarionete do destino
E é sem receios que eu até me atrevo
Que fiz do meu existir um grande desatino

E um dia quem sabe eu até possa entender
O que nunca aceitei por uma forte razão
Faltou algo especial pra mim, faltou você
Que preencheria esse vazio do meu coração

Acorrentada


Quanto tempo dessa minha vida, perdido
E mesmo assim eu nunca consegui nada mudar
Talvez fosse melhor que eu nem tivesse nascido
De que serve existir, se apenas posso calar

Amei um dia sem nem mesmo entender
O que nascia tão forte dentro de mim
Era algo grandioso, mas pouco o pude viver
Na verdade, esse foi o começo do meu fim

Passei por situações muito conflitantes
E vi aos poucos minhas forças se esgotar
As amarguras me chegaram, e eram bastantes
E triste vi minha vida no dissabor se afogar

À minha volta crescia os desgostos e a desilusão
O que me era tão caro, aos poucos vi esmaecer
Eram sofrimentos muito grandes para o meu coração
E foi assim que eu vi meus maiores entimentos morrer

Hoje, dividida entre a razão e o frio despertar
Vou me deixando ser levada pelos acordes da vida
Outra chance não terei para nascer, viver e amar
Mas espero ao menos não ser por você esquecida

Tentei desesperadamente a toda quimera sobreviver
Mas um dia percebi ter a minha alma acorrentada
bem sei que nunca haverá um alguém que possa entender
O porque de eu ter nascido livre e me sentir aprisionada

terça-feira, 19 de julho de 2011

Constante Busca



Tantas vezes que eu passei a me perguntar
O que foi que até hoje eu fiz na minha vida
E hoje eu respondo sem nenhum medo de errar
Que tudo o que fiz foi deixar-me perdida

Perdida ao buscar com uma certa sofreguidão
Os muitos sonhos que deixei-os perdidos no ar
E são os maiores sonhos que habitam meu coração
Que incansavelmente, vida, continuo a lhes dar

E não importa o tempo que venha a passar
Nem em que situação tudo ainda esteja
Pois essa sede que sinto ao lhe lembrar
Tem sido uma constante nessa minha peleja

E haja sonhos para serem tão bem lembrados,
E os mais ternos são os que não quero esquecer
Pois esses,sei que ainda os terei realizados
E todos eles serão compartilhados com você

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Vives A Lembrar


Nessa manhã há uma fria monotonia,
Um tédio que se arrasta sem dó
Já não ouço dos pássaros a alegria
Tudo ao meu redor está triste e eu pior

Ao escrever, vejo imagens que me fazem pensar
Em tudo que pela vida eu precisei esconder
Sempre foram muitos sonhos e o desejo de lhe amar
Tudo na vida só fazia sentido se eu tivesse você

Fecho os olhos e o barulho da chuva que cai
Aperta-me o coração causando-me grande dor
Volto no tempo,e lembro de alguns anos atrás
Quando comecei a viver uma linda história de amor

Me lembro quando chegavas sempre tão sorridente
Mas com o olhar perscrutador parecendo indagar
E o fazias sempre de uma forma muito premente
Mas logo procuravas matar a saudade de me amar

E no meu olhar a resposta que até hoje permanece
Ele não consegue negar o que pouco soube demonstrar
São coisas que nessa vida a gente nunca esquece
Como até hoje eu sei que também vives a lembrar

Chuva Na Vidraça


Ouvindo o barulho ensurdecedor da chuva que cai
Penso como sempre, em você que um dia se foi
Soltando um suspiro liberto todos os meus ais
Que sufoca meu existir por tudo que ficou pra depois

Essa liberdade de pensamento que sempre atrofia
Os muitos sonhos dos quais a maioria vi ruir
E neste ínterim perdi a essência das minhas fantasias
Esquecendo finalmente a vontade, de não mais fingir

E todas as vezes que a chuva a minha janela vem bater
Penso em você que silenciosamente da minha vida saiu
E como nenhuma outra coisa consigo mesmo fazer
Continuo só pensando em nós, desde que você partiu

E mesmo que um certo dia tenhas retornado
Na inútil esperança de poder me levar
Sentisses o rumo diferente em nossas vidas tomado
Enterrando assim a última chance de comigo ficar

Hoje para você, provavelmente nada mais faz sentido
Já que novos rumos nossas vidas veio a tomar
Mas nós, ainda conservaremos os muitos desejos proibidos
Que na vida guardaremos sem nunca a ninguém machucar

Alguém Como Você



Perdida nesses inconstantes devaneios
Tentando de alguma forma salvar
Mesmo não tendo nesse momento meios
Para eu poder finalmente lhe encontrar

Mas continuo com calma, sempre lutando
Para não permitir a minha mente apagar
Toda essa loucura que vivo recordando
Pois foi nessa loucura que aprendi a amar

E em cada gesto e atitude que à minha mente vem
Vou sentindo pelo corpo um enlouquecido fremir
E cada vez mais percebo que nunca haverá um alguém
Que consiga repetir o que você sempre me fez sentir

Os anos irão passar... Mas eles sempre me lembrarão
O que nunca, por um minuto sequer tentei esquecer
Pois conseguisses ficar marcado a fogo no meu coração
É que eu sei que para mim nunca haverá alguém como você

Amando


Hoje, que a vida para mim pouco importa
Onde muito pouco consegue fazer sentido
Hoje, que a minha alma as vezes só comporta
As ruínas de todos os meus sonhos destruídos

Agora que cada pensamento num fio se esvai
Mergulhando nas mais profundas nostalgias
Onde cada um dos meus desejo a todo instante cai
Sempre se perdendo ofuscado por falsas alegrias

Hoje, que busco até com certa sofreguidão
Entender tudo o que trago na alma difuso
Tentando reter no recôndito do meu coração
Tudo aquilo que as vezes me parece tão confuso

E entre os sonhos e a realidade tento alcançar
O que busco nesse meu perdido e incansável querer
Pois tudo o que quero é outra vez lhe amar
Pois sinto que continuo cada vez mais amando você

domingo, 17 de julho de 2011

Nosso Reencontro


Ei-nos frente a frente como eu sempre quis... finalmente
Até parece que tanto tempo para nós é que nunca passou
Diante de mim...Ela, olhar apertado, sorriso de escárnio
E você... Objeto de tantos sonhos que não se realizou
Em nosso olhar crepita os muitos desejos reprimidos
E todos os nossos sonhos planejados e esquecidos
Tudo a nossa volta pelo tempo quase foi destruído
Nos negando qualquer chance de reviver esse nosso amor

Mas eis que agora eu finalmente vejo acontecer
Esse reencontro tão ansiado para nós dois
Eu sei que muito tempo foi preciso esperar
Mas quis o destino deixar sempre para depois
E hoje, desde que pelo destino fomos separados
E até quando eu sentia ser esse amor obsecado
Após ter tido pela vida os nossos sonhos rejeitados
Sinto que nem a distancia,desfez desse amor o que sempre foi

Agora, diante desse passado que me é sempre tão presente
Vejo nesse olhar(dela)que insiste em me dizer
Que não adianta insistir...E disso já não posso fugir
Pois sabemos ser ela quem tem a você
E eu como sempre me ponho a imaginar
Em toda a crueldade que a vida soube me reservar
Já que não tivesses forças para nossa história continuar
Pois fosses com certeza um fraco ao acaso obedecer

Embora nesse nosso reencontro deixas bem claro
Que ninguém, nem mesmo o tempo irá conseguir
Por em nossa história um ponto final
E já que nada, nunca conseguirá destruir
O que em todo esse tempo conseguimos conservar
Pois um amor como o nosso jamais se extinguirá
Mesmo que por ele não fomos capazes de lutar
Mas sabemos que em nossas almas nunca deixou de existir

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ao Meu Amigo Pitágoras


Se passaram alguns anos,onde eu fiquei sem lhe ver
Mas agora, revendo-o, confesso que o achei bem melhor
E isso meu amigo, é porque Deus nunca abandonou você
Mesmo quando em alguns momentos tenha acontecido o pior

Pitágoras, a saudade muitas vezes em mim bateu forte
Mas eu sempre vou deixando as muitas coisas pra depois
E para minha alegria por providência divina e não da sorte
Eu vi chegado o momento para grande alegria de nós dois...

Meu querido amigo, pelo tanto que nesse tempo lhe conheço
As muitas e duras provas que passasses, foram imerecidas
Mas para a alegria dos que realmente lhe amam, o desfecho
Para muito lhe serviu, pois deu testemunho da sua vida

O diabo ousou lhe afrontar de forma indigna e ferozmente
E sabemos,fazendo uso de um leviano instrumento qualquer
Mas Deus o orientou e vencesses ao lutar tão bravamente
E o diabo foi derrotado, mesmo tendo sido em forma de mulher

E hoje, após essa batalha tão desumana e cruel
Seu semblante volta a brilhar com bem mais esplendor
Apesar das crescentes decepções,o nosso Deus é fiel
E para a honra e glória do Senhor...Lhe fez um vencedor

terça-feira, 5 de julho de 2011

Desabafando


Eu sinto uma raiva quase incomum
Quando vejo um animal sendo maltratado
Se eu pudesse os castigaria, um por um
Esses seres tão miseráveis e desgraçados

Causam dor aos animais sem compaixão
Até parecem que se julgam sempre impunes
Imagino que não tenham sequer coração
O que apenas aumentam mais meus queixumes

Não suporto o olhar de dor que as vezes vejo
Num pobre animal quando se acha acossado
É essa expressão de sofrimento e medo
Me incentiva a nunca deixá-los de lado

Não entendo dessas pessoas tanta perversidade
E são essas pessoas que ainda se julgam humanos
E isso tem acontecido em várias classes e idades
O que me causa mais nojo e raiva desses desumanos

E não consigo encontrar apropriados adjetivos
Que eu possa qualificar esses monstros indesejados
Sinto que são seres,para a sociedade, ofensivos
Como um câncer que corrói os menos afortunados