quarta-feira, 27 de julho de 2011

Acorrentada


Quanto tempo dessa minha vida, perdido
E mesmo assim eu nunca consegui nada mudar
Talvez fosse melhor que eu nem tivesse nascido
De que serve existir, se apenas posso calar

Amei um dia sem nem mesmo entender
O que nascia tão forte dentro de mim
Era algo grandioso, mas pouco o pude viver
Na verdade, esse foi o começo do meu fim

Passei por situações muito conflitantes
E vi aos poucos minhas forças se esgotar
As amarguras me chegaram, e eram bastantes
E triste vi minha vida no dissabor se afogar

À minha volta crescia os desgostos e a desilusão
O que me era tão caro, aos poucos vi esmaecer
Eram sofrimentos muito grandes para o meu coração
E foi assim que eu vi meus maiores entimentos morrer

Hoje, dividida entre a razão e o frio despertar
Vou me deixando ser levada pelos acordes da vida
Outra chance não terei para nascer, viver e amar
Mas espero ao menos não ser por você esquecida

Tentei desesperadamente a toda quimera sobreviver
Mas um dia percebi ter a minha alma acorrentada
bem sei que nunca haverá um alguém que possa entender
O porque de eu ter nascido livre e me sentir aprisionada

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