sexta-feira, 16 de setembro de 2011
O Troféu Era Você
Hoje eu senti uma dor tão aguda
Que cheguei a pensar que não a suportaria
Inutilmente ainda pedi aos céus ajuda
Pois eu sabia que de ninguém o bálsamo chegaria
E para o meu desespero a dor mais se acentuou
E eu senti o meu peito dilacerando sem cessar
As lágrimas caíam, a angustia jorrou
Senti então que a minha vida alí iria parar
Era tanta angústia ao desespero se misturando
E a minha vida como um filme eu vi passar
E vi a minha vida em nuances de mim zombando
Era muito sofrimento que eu não tinha como parar
Que tristeza implacável... Nada de bom a sobrar
E sei que é muito difícil querer transmitir
O que já nem tenho conseguido sequer imaginar
Mas sinto que da vida eu posso finalmente deisitir
Isso é o que me restou de anos de ilusões perdidas
Décadas de sonhos perseguidos... Sempre em vão
Talvez essa existência miserável,sem sentido,sem vida,
Destruiu o que suportou com lealdade o meu coração
Vivi... Como um mero fantasma pouco queixoso
Vivi... Como uma sombra perdida a vagar
Sufoquei-me em meio aos desgostos sempre desejosos
De um dia conseguir sem receios finalmente respirar
Já não poderei me perguntar o que farei agora
Pois já não há mais tempo pra querer esperar
Talvez seja essa realmente a minha última hora
E eu nem deva em esperanças ainda querer pensar
Pois eu sei que morro... Como sempre vivi...
Olhos rasos d'água, coração suspirando por temer
É que eu sei que morro sabendo que para a vida perdi
Perdi a batalha mais importante... E o troféu era você
E sinto que ao morrer tão sozinha... tão vazia
Percebo que isso é tão somente a continuação
Dessa minha existência de resumidas alegrias
Tão cheia de planos perdidos, mas repleta de solidão
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