sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Um Grito Perdido No Tempo


Tudo tem início chegamos ao fim
Pelas raras horas de alegria te peço
Seque em frente vai para longe de mim
Que este curto e negro período encerro

Amei em desespero como uma louca
Sofri calada no silêncio do meu quarto
E cansada de tudo eu fiquei rouca
Ao gritar teu nome num deserto vasto

Tu sempre fingindo que me amava
E eu na minha lucidez não percebia
Com cinismo o teu jogo ganhavas
E com amargura sentida eu te perdia

Mas hoje só consigo ouvir um eco
De um triste e abafado sussurro
E na calada da noite eu desperto
Para uma dor que já não murmuro

E quando toda a cidade dorme
Um alguém grita um grito sem enlevo
Pois o tempo deu-lhe a voz da morte
Pequeno castigo para tão grande erro

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