terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Outra História
O meu futuro sempre tão sombrio vive a se esconder
o meu presente, esse, coitado, está sempre a fugir
Já o meu passado sempre tão vivo, vive de lembrar você
Num conflito incessante desse meu complicado existir
E nessa miscelânea de épocas e sentimentos
Ouço bem forte os acordes de uma incansável canção
E a minha alma num monólogo liberta seus tormentos
Que vive a chicotear sem dó o meu pobre coração
E me guio pelo som que o vento traz até mim
Que tem cheiro suave e muitas cores também
E a miscelânea da minha vida, sinto chegar ao fim
Pois uma voz firme pra mim outra história tem
Eu que sempre pensei não ter tempo pra mais nada
Pois meu tempo ao teu tempo um dia sucumbiu
Só me restando as lembranças de ter sido amada
Por um amor que infelizmente ao tempo não resistiu
Mas hoje, para minha grata e grande surpresa
Deixei-me por outra voz, docemente me guiar
E sinto aos poucos me libertando da tristeza
Que foi minha, mas antes de outrem encontrar
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