sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

ASSASSINA




Não me contive diante de tanto sofrimento
Já há muito tempo que eu queria muito ajudar
E ouvi-la, com a voz alquebrada, naquele momento
Por mais crucial que fosse, eu não podia hesitar

Foi apenas um golpe... E finalizei com aquela dor
E naquele olhar moribundo tanta coisa se desfez
Já não teria mais porque chorar a perca de um amor
E em toda a sua vida, era sem dúvida a primeira vez

Ali, ela finalmente conseguia se libertar
Matei-a não nego, mas foi melhor assim
Se não mais fazia sentido sofrer, nem chorar
Era preciso pôr a tanto martírio um fim

Eu a vi entre lágrimas se despedindo
Nem por um momento aquilo me doeu
Assassina, era quem estava lhe consumindo
Fui apenas o instrumento pelo qual ela morreu

Olho pra trás e não a vejo cambalear
Nem tão pouco ouço seus gemidos de dor
Eu apenas só pensei em lhe libertar
Pois quando dói... Deixa de ser amor...

Ela viveu décadas somente sofrendo
Muito justo ela agora poder descansar
Nunca fez sentido viver em tormento
Melhor morrer... Do que viver a penar


Nenhum comentário: