quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

NO DESPERTAR DA MULHER


A penumbra que invade o meu quarto
Me convida aos pensamentos insanos
E sem me dar conta do que vai em mim
Perco o pudor... Deixo cair o pano
Só preciso mesmo é começar
Deixar meu desejo acordar
A boca entreaberta... Um beijo a esperar
E de pensar em pensar... Surge o profano

Se fecho os olhos... Sinto as carícias
E um sensação me invade... Me alucina
Deixo-me levar pelo fremir que me envolve
E duvidando se esse sentir é mesmo minha sina
Vou insistindo de nunca ver qual será o fim
Pois nessa loucura que me abrasa assim
Não terei como responder, nem mesmo por mim
No despertar da mulher e no adormecer da menina

E até a brisa que ousa tocar a minha pele
Me faz imaginar... Onde estará o prazer
Que sempre a natureza me deu em profusão
E penso... E nesse pensar sinto que viver
Faz parte de cada um desses loucos momentos
Que o meu desvairado e insistente pensamento
Consegue me deixar assim num completo alheamento
Mas o tudo que não foi bom... Resolvi esquecer

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