domingo, 9 de novembro de 2008

Sem Rumo


E nessa longa caminhada da minha vida
Foram inúmeros os atalhos que encontrei
E quando as tentativas me pareciam perdidas
Percebia que nada do que eu queria busquei

E continuava sem rumo e sempre perdida
Muitas vezes deixei-me pelo destino levar
Mas confesso que também sempre fui impelida
A nunca desistir, mas sempre a continuar

E mesmo desejando muito por um não sei o quê
Pelas esquinas da vida eu mesma sempre busquei
Libertar-me para sempre de qualquer um por que
Que porventura eu mesma um dia me questionei

E eu sempre continuava nessa louca caminhada
Atravessando centenas de extensos rios e mares
Desejando que um dia eu pudesse ser encontrada
Livrando-me para sempre de todos os pesares

E sempre buscando ansiosa por cada esquina
E também em cada beco que se me apresentasse
E foram muitas as vezes que sempre em surdina
Não permiti que o destino cruel me apunhalasse

E continuei assim sem rumo e sempre vagueando
Caminhando à espreita de um mal que me surgisse
E foram tantas as vezes em que eu cambaleando
Senti as lágrimas escorrerem dos meus olhos tristes

E hoje como ontem ou como meu amanhã sei que terei
Muitas passadas perdidas que por certo irei dar
Mas continuo esperançosa que um dia ainda poderei
Caminhar com passos firmes sem sequer tropeçar

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