sexta-feira, 7 de novembro de 2008
A Chuva
A chuva bate forte contra a vidraça
Parece querer da vida me despertar
Olhando a janela sinto a alma baça
Penso em você não vejo o tempo passar
As águas como enxurradas descem a rua
E um desejo enorme me vem de brincar
Eu sinto já não ser criança de vida nua
Existem sentimentos que preciso segredar
E o som forte, divino e maravilhoso
Dessa chuva que está caindo sem cessar
Eu sinto um sentimento estapafurdioso
Me convidando gentilmente a brincar
Mas nesse exato e melancólico momento
Como um filme vejo a vida passar
E sinto que a chuva é como um tormento
Como meu sentimento que teimo em calar
E continuo observando a chuva que cai
Lavando da minha alma todo o marasmo
E inconsciente aos poucos minha vida vai
Tentando se libertar de todo sarcasmo
E a minha existência prossegue lentamente
Lutando sem forças, mas tentando vencer
Só não quero ser como a chuva que morosamente
Desce as encostas e em algum lugar vai morrer
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