quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Eterno Cansaço


Um cansaço se abateu sobre mim...
Tenho a mente num vazio profundo
O corpo num desânimo brutal
E a alma em inexplicável desalinho.
Nesse cansaço quase mortal
Que invade meu pequeno mundo
Sinto revolver o meu espírito tão inquieto
E há um turbilhão de incertezas
Rondando a minha alma como um desafeto
Já não há como fugir
Das consquências desse desatino
Já perdi do íntimo toda a beleza
E sinto-me perdida e vazia ao querer
Mergulhar dentro de mim...
Já não sei como fazer para livrar-me
Dessa loucura que sufoca meu destino
Que tenta acorrentar-me
Nesse mar de desenganos sem fronteiras
Estou perdida... perdida e só...
Não há como explicar-me
Não há como entender-me
Só há como aceitar-me...
Completamente só,nessa angústia primeira
Tento buscar o que me possa completar
E nessa busca sinto o desânimo
Se abatendo sobre mim,
E esse terrível cansaço parece não ter fim.
Sinto-me perdida, sinto-me assim
Leve como uma pluma
Que sendo levada pelo vento
Imersa nesse destruidor vendaval
Tento agarrar-me a algo que me traga
De volta à vida, que não me faça desmaiar
Ao menos por uns momentos
Quero ao menos por fim encontrar
O meu tão buscado anseio
Ah! que cansaço a atormentar-me
Que desvairo a alucinar-me...
Parece nem sentir meus receios...
Esse cansaço parece só querer comigo brincar...
Mas sei que já não posso, já não consigo
Sequer bocejar...

Nenhum comentário: