quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Alma Plangente


Nessa tarde, o meu coração plangente
Embebe-se mais uma vez no cálice da dor
E a minha alma tão intranqüila emergente
Parece fenecer nessa história de amor

E a tarde que por sua vez já declina
Cansada talvez de tanto me ver chorar
E também a noite que lenta se aproxima
Mais uma vez tentam minha vida enfeitar

Em uníssono posso perceber a natureza
Se envolvendo nessa história minha
Mas já não há quem possa dar beleza
A esse sofrimento que hoje só espinha

E deito-me e rolo por sobre meus sonhos
Tentando nesse cruel silêncio que perdura
Suavizar nesses versos que ainda componho
Dando a minha dor um pouco mais de ternura

E a madrugada que breve também se anuncia
Apenas me acolherá em seus braços de marfim
E mais uma vez tudo em mim ainda evidencia
O sofrimento que nessa madrugada nao terá fim

Porém o amanhecer sem mais nenhum enfado
Contempla meu corpo já quase adormecido
E sinto algo envolver meu semblante cansado
E tudo o mais para mim dixou de fazer sentido

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