sábado, 1 de novembro de 2008
Ambigüidade
Quando me olhas com esse teu jeitinho
Sem saber fazes minha cabeça rodopiar
E esse olhar que me aquece com carinho
Perturba meus sentidos e me faz sonhar
Sonho com a magia desses toques suaves
Com o abraço quente que por certo virá
Mas temo que estes sonhos sejam debaldes
Pois são sonhos e como tal permanecerá
E no receio desse toque que não veio
No aconchego desse abraço que não chegou
Vale mais pelo final do que pelo meio
Pois só mesmo em meus sonhos tudo começou
E o meu consolo nessa história triste
É saber que o bem maior que me afaga
Luta em mente esperançoso e não desiste
E em nenhum momento da minha mente apaga
E o princípio desse fim que já se anuncia
Será em vão que eu tente me fazer esquecer
Pois um sentimento que assim me reverencia
Tenho meus sonhos para não deixá-lo fenecer
E se um dia longe ou quem sabe mais perto
Sentires que algo está querendo florescer
Deixemos nossas almas nesse árido deserto
E tenho certeza que não deixará de crescer
Mas enquanto esse triste momento não chega
Enquanto não nos abraça a tal da saudade
Deixe que ao menos no teu olhar eu veja
O que teus lábios me mostra com ambiguidade
Deixa o que guarda meu olhar extravasar
O que sufoco aqui dentro do meu peito
E se quase sempre fujo do teu olhar
É tentando esconder o que não acho direito
Mas que eu esperançosa continue sonhando
Com cada momento que até hoje nunca chegou
Com cada lembrança que eu vivo perpetuando
E chorando por cada minuto que a vida atrasou
Que em meio ao tudo eu não viva tão perdida
Envolta nos meus sonhos que não se completou
Mas que eu viva de maneira um tanto atrevida
Buscando por cada desejo que meu eu desejou
Quizera poder eu sonhar com os teus sonhos
Que castos bem sabemos por certo nunca serão
Mas para cada um deles eu mesma te proponho
Que deixes mesmo em sonhos explodir a emoção
Que alguém se queimará nesse teu calor
Que emanará do teu corpo em profusão
Equem sabe então não se faça o amor
Que ditas regras a esse pobre coração
Mas que eu continue pela vida a fora
A tentar buscar sentido fora de mim
Se o meu amanhã for como o meu agora
Que ansioso vive te buscando assim
Que eu me perca nesse momento infinito
Onde o tudo mais já não tem nenhum valor
Se o que escondo nesse grito tão calado
É o que muitos costumam chamar de amor
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário