domingo, 29 de agosto de 2010

Fingida Alegria


Hoje me sinto miseravelmente infeliz
Nada que surja parece por nisso um final
Não há como fugir, o destino assim me diz
E para o mundo minha dor parece ser banal

Até a própria natureza parece me ignorar
O meu destino não faz questão de entender
Que eu tudo daria para poder então lhe amar
E o impossível eu faria para ainda ter você

E muitos gemidos calados que me atormentam
Se misturam aos sussurros roucos que me vêm
Tudo isso meus desejos inflamados acalentam
Sempre despertando os meus sentidos também

E em vão procuro na minha fingida alegria
Uma forma sutil de tentar outra vez esconder
O motivo maior dessa minha tão grande agonia
Muitos já desconfiam que é tão somente você

E choro desesperada ante essa minha dor
E as lágrimas lavam meu rosto zombando de mim
Não compreendem que também se morre de amor
Como morre lentamente a minha alma por fim

E esse meu sofrimento cada vez mais intenso
Que as vezes duvido que possa assim existir
Mas eu logo percebo como tem sido imenso
Esse meu desejo de a tanto sofrimento resistir

Então eu lembro que já passei por duras provas
Mas que nada se compara ao que na alma trago
Mas eu continuo sonhando e amando em trovas
Alimentando assim o que no peito ainda calo

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