terça-feira, 9 de novembro de 2010

Tempo De Viver


Há dias que me sinto estranha
Um vazio inquietante me domina
E percebo meu espírito em campanha
Mexendo com a minha calma em surdina

E me convenço cada dia que passa
Que este martírio tão cedo terá fim
E nada do que eu sinta ou mesmo faça
Conseguirá tirar isso de dentro de mim

E lentamente como num entardecer
Meus olhos pesam e os sinto fechar
E sinto como se eu fosse enfim morrer
Meus sentidos começam a me abandonar

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Olhos semi-cerrados, deixaram de viver
Em débil agonia ouço meu espírito lutar
Por certo entende não ser este meu querer
A minha alma está apenas precisando de amar

Amar a cada luta que calmamente me vem
Amar cada dia que só quer me abraçar a sorrir
E só assim muito mais vida para minha vida tem
E desse jeito, talvez eu não precise mais fingir

Mas os meus pensamentos em louca balbúrdia
Me desperta, tentando me fazer compreender
Que não importa quão seja a ideia estapafúrdia
Por certo ainda me será chegado o tempo de viver

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