quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Eternas Rivais




Duas irmãs totalmente diferente, porém cada uma com a sua perfeição em seu modo de ser.
Uma é bonita e radiante, amada por todos e por maior que seja as dificuldades em torno dela, mesmo assim, continua sendo desejada. Todos são apaixonados por ela, todos a querem para si, e por mais incômoda que ela possa vir a ser, mesmo assim, ninguém a quer trocar pela irmã.
E esta por sua vez é triste e feia, por onde passa só consegue deixar um rastro de lágrimas. Não respeita ninguém, e todos a rejeitam, ela não consegue fazer-se amar, nem mesmo a querem por perto, mas se a procuram ela sempre tenta atender, é quando em certas ocasiões é bem vinda, sempre tem alguém para menosprezá-la, comparando-a à
irmã, a sua eterna rival.
Para a sua irmã quase tudo lhe é permitido, lhe é atribuído, e vai desde o gorjear de um pássaro, ao sorriso de uma criança. Ela consegue arrancar uma lágrima de esperança, pois ela se encontra na beleza de um novo romper da aurora e até mesmo no surgimento de um novo ser. Em qualquer circunstância conseguem fazer dela a razão de um tudo.
Enquanto que a outra só lhe atribuem as desgraças, às lágrimas de tristezas, sempre a menosprezam, esquecidos que a mesma não se deixa corromper, não se vende e que a todos trata de igual prá igual, pois para ela é indiferente cor, raça ou religião. Sempre espera a sua vez, só se apresenta quando é chamada, nunca é oferecida, pode ser também mandada. Quando é chamada de maneira cruel, covardemente traiçoeira, é ela sempre a culpada.
Até mesmo na divindade, não lhe foi permitido no espelho da vida ter a sua imagem refletida, mas a sua sombra é espelhada no reflexo da vida. Sempre foi assim e e assim sempre será. Duas irmãs que jamais se unirão, sempre eternas rivais, pois se uma é movida pelo amor, a outra é pela dor, se uma transmite alegria, a outra só transpira tristeza, se a má tem o dom da firmeza a boa infelizmente tem o dom da impotência. Se uma é mãe da existência, a outra é mãe do extermínio. Uma é esperança, a outra é saudade, uma será sempre o início, a outra o fim. Uma é a vida, e a outra é a morte.

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