sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Tudo Em Mim
Preciso gritar, mas eu me calo
Por medo? vergonha? não sei
Apenas me fecho e nada falo.
Para meu corpo... Um tormento
Para a minha alma
Mais um sofrimento,
Nisso se esvai minha esperança
E em mil pedaços se fez minha calma.
Então surge um brado de revolta
Que também não explode
E nessa vida de fantoche
Tudo perde o sentido em volta...
Até o ar que prendo e não solto.
E nisso um turbilhão de ideias
Me atinge como uma panacéia
Mas não é nada eficaz.
Tudo se perde, pois nada é capaz
De soltar o que está preso
E prender o que nem existe mais.
Mas o que fazer agora?
Está passando o tempo
Há muito passou da hora...
E como um grande desabamento
Tudo se acaba e eu me pergunto:
Que faço com todos os sonhos
Que no tempo, um a um se desfez
E que hoje como meros defuntos
Jazem nesses meus versos tristonhos.
Mas e aí? os enterro de uma vez?
Agora... Nenhuma brisa a soprar
Nenhuma esperança nascendo
O que vejo é tudo se acabar
Tudo aos poucos vai morrendo.
Já não preciso mais gritar
Já não há ninguém para ouvir...
O meu céu há muito escureceu
Meu corpo não mais se fez sentir
É que tudo em mim... Já morreu...
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