sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Olho Mas não Vejo


Quantas noites mal dormidas
Que passaram, foram embora
E de tudo quanto vivemos nessa vida
Ainda tenho algo que me consola

E hoje tudo olho e nada vejo
E como uma sem vida
Olhando para trás eu revejo
As tuas ações sempre tão atrevidas

E ao sentir uma saudade quase louca
Busco vida em tudo o que fomos
E o meu corpo reclama o gosto da tua boca
Pois sente o quanto tudo é diferente do que fomos

E os dias que passo em grande tristeza
Ansiando te ver mesmo sabendo não conseguir
Mas conservo intacta a grandeza
Do que nunca deixará de existir

E continuo querendo te tocar e nessa vontade
Todas as minhas esperanças parecem se esvair
Mas eu digo que não importando a nossa idade
Procurarei sempre nessa nossa história insistir

E quando o tempo nossos cabelos branquear
Lembrarás que há muito nós dois
Deixamos sem nenhuma razão o tempo passar
Pois o nosso erro foi deixarmos tudo para depois

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