E hoje estando a flutuar em desejos
Me perco pelas sombras do que me deste
Anseio pelas madrugadas pelos teus beijos
E por cada carícia que em meu corpo fizeste
Tentei de uma maneira quase sem igual
Te arrancar da minha vida de qualquer jeito
Mas percebei ser em vão e até mesmo anormal
Já que não consigo te tirar do meu peito
Hoje, em muitas vezes o sinto um sonho distante
Que mesmo desnorteada ainda tento abraçar
E por mais que eu não queira vejo como é diferente
Quando entre duas pessoas algo precisa acabar
Meu desejo quase desgastado, já adormeceu
Na mansidão dessa minha inquietante espera
E por mais que queiras, ele resiste, não morreu
Como uma lembrança insólita dessa minha quimera
Agora, pela vida á fora eu finjo o que não sou
E é provável que também até finjas quem não és
De nós dois quem será que se considera ganhador
Se não sabes quem eu sou e eu não sei quem tu és?
Nenhum comentário:
Postar um comentário