quinta-feira, 28 de julho de 2011

Diante Do Espelho


Hoje parei diante de um espelho
E o que vi me deixou enraivecida
Minha pele perdeu toda a vivacidade
Só restou uma tez pelo tempo destruída
E vi desfilando à minha frente todos os anos
Onde sinto que não sobreviveu nem meus arcanos
Pois vi diante de mim,como um pesadelo,caindo o pano
Que por anos havia encoberto toda uma vida perdida

O tempo cruel me deixou marcas muito profundas
Mas a insônia por tua ausência também foi causador
Desse aspecto tão cansado de uma vida tão sofrida
Que se deixou abater pelas agruras de um amor
Essa é uma constatação, para mim deplorável
Se esgotaram meus anos, meu tempo memorável
Só me restaram as marcas do tempo, que implacável
Me deu essa visão que simplesmente me transtornou

Esqueci que o tempo passa e a velhice chega
Nunca me imaginei assim... Me senti diferente
Perdi-me no contar dos anos... não os vi passar
E eles por mim passaram de forma inclemente
Não sei para mim o que possa ser pior do que vi
Se ter descoberto agora que no tempo me perdi
Ou porque esse é o reflexo de uma vida que vivi...
Vida vazia, sem sentido...Que deixei na dor naufragar

Um comentário:

costa disse...

linda
eu tbm sinto assim kkkkkk