sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Velho Hábito


Ao observar pensativa o cair da tarde
Vou relembrando os tempos de outrora
E sinto uma copiosa saudade que me invade
E é a mesma saudade que estou sentindo agora

E sou tomada por uma estranha nostalgia
Perdida em muitos sentimentos desencontrados
As vezes choro de tristeza ou então de alegria
Mas sempre tenho meus pensamentos atordoados

E como bom hábito sempre estou escrevendo
Os sentimentos que se atropelam dentro de mim
E por várias vezes me pego também revivendo
Os meus momentos de intensas ansiedades por fim

E quando a noite chega devorando a tarde
Que indefesa se vai sem nem pensar em reagir
Ela parte calada e sem fazer nenhum alarde
Tal qual meus desabafos que só me faz afligir

E então a noite com seus mistérios e encantos
Sua penunbra vai espalhando com calma e sem tardar
Sem nenhuma vez conseguir perceber que no entanto
Tenho aqui dentro uma alma infeliz que está a chorar

E sorrateiramente o meu olhar lanço no infinito
Querendo sempre sentir da vida maior prazer
Mas como velho hábito estou firme e nunca desisto
Das minhas fortes ou fracas emoções sempre escrever

2 comentários:

Anônimo disse...

Expressar sentimentos e sensações através de gestos, expressões e afins, não é tão difícil. Afinal o nosso corpo fala a todo instante. Expressar o que se sente através de palavras é um talento único pelo qual a senhora, minha Sogrete, é uma privilegiada em ter. Mais um excelente poema. Meus parabéns!

Unknown disse...

Muitas poesias linda e que tenho o prazer de ler. Estou feliz por mais uma conquista sua. Que suas lágrimas no último dia de aula, sejam sementes para um futuro lindo como jornalista. Beijos.