terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Noctívaga


As vezes me sinto assim como uma noctâmbula
Ao mergulhar tristonha nesses meus momentos
E tem certas noites,que eu ajo como sonâmbula
Sempre vagueando triste e perdida nesse tormento

Bem sei que em muitas noites será mesmo assim
E até já me parece que terei isso como suplício
Pois mesmo sem querer tenho me sentido por fim
Como uma náufraga nesse mar que é apenas fictício

E minhas noites já não terão mais tantas alegrias
Faltará sempre algo que preencha em mim esse vazio
Mas por Deus eu juro que na vida eu mesma tudo daria
Para não ter que sentir da solidão esse abraço frio

E talvez eu ainda encontre nas minhas madrugadas
Um consolo que possa me deixar um pouco menos triste
Pois mais infeliz que essas noites tão angustiadas
É sentir que esse meu querido mundo não mais existe

E farei dessas silenciosas noites um meu lençol
Que com uma certa frialdade o meu corpo cobrirá
Mas quando o dia surgir terei então novamente o sol
Mas receio que o mesmo, a minha alma jamais aquecerá

E poderei em silêncio outra vez mais suportar
Essa dor que hoje me machuca muito sem jeito
Porém no meu amanhã a esperança me fará aguardar
O que deixará transbordando de alegria meu peito

E estarei então aguardando sempre muito ansiosa
Por cada uma dessas noites que eu ainda vou viver
E entre uma e outra noite esperarei uma manhã radiosa
Que me dará a certeza que dessa forma eu não vou morrer

Nenhum comentário: