quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sou

Sou um resto de perdidas esperanças
Um sonho morto que na verdade nunca morreu
Sou a saudade das tuas intermináveis lembranças
Sou o grito sufocado do tudo que no tempo se perdeu

Sou da liberdade essa ânsia incontida
E o apelo da tua consciência, hoje adormecida
Sou a insânia dos teus sentimentos desvairados
Sou o que ficou das nossas ilusões quase perfeitas
Sou na verdade o tudo do que nunca foi acabado

Sou a sombra desse passado sempre tão presente
E a tua insônia como sempre... Indiferente
Sou o teu sorriso amargurado e nunca desfeito
Sou a tua solidão disfarçada e persistente
E as sobras desse amor quase perfeito
Ainda sou as cinzas daquela paixão ardente

Sou o som do mar revolto que em tua vida
Persiste após os longos e nunca esquecidos anos
Sou o roçar da sensual e atrevida brisa marinha
Que nas lembranças ao teu lado ainda caminha
Também sou aquele toque que nas tuas noites,em arcano
Numa cruel ausência tanto te atormentou...
Sou o que ainda falta na tu vida
Sou aquela a quem outrora chamaste de meu amor

Sou o vestígio do tudo que em tua alma ficou
Sou o teu sorriso colorido que no tempo se apagou
Sou bem mais... Sou o encanto que na tua vida se formou
Sou o quase tudo que teu coração sempre sonhou e desejou
Eu sou na verdade o que nunca deixei de ser
Sou aquela que marcaste como teu primeiro amor

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