terça-feira, 14 de junho de 2011
O Tempo Não Encontrará
Eu hoje irei brindar com a mãe natureza
A alegria de ainda poder sentir-me viva
Saborear as iguarias que tiver sobre a mesa
Sentindo sobre a pele a sensualidade da brisa
Meu corpo estremece com o deslizar da mão
Que me provoca os sentidos sem nenhum pudor
Sinto o pulsar festivo do meu ansioso coração
Se preparando para nossos momentos de amor
Os murmúrios que impregnam meus ouvidos
Conseguem sem pressa em êxtase me deixar
E sinto que nada então nos será proibido
Prevalecendo o nosso forte desejo de amar
Enlaço o teu pescoço com uma certa ousadia
Sempre buscando teus desejos mais inflamar
E sinto teu corpo respondendo com alegria
Pois é chegado o esperado momento de nos amar
E me entrego de forma total e quase louca
Sem receios dessa tua forma de me tocar
E é com sofreguidão que beijas a mina boca
E meu corpo ansioso sente tua rigidez aflorar
E entre beijos e carícias nos entregamos
De forma suprema e também sem igual
E sinto-me quase morrer quando nos beijamos
E um grito de amor saciado chega a ser triunfal
E esse grito que parece ecoar dentro da fria madrugada
É apenas mais um doloroso lamento que se faz ouvir
Não foi o grito de um amor saciado,Foi do tudo o nada
Pois não era essa a sensação inebriante que julguei sentir
Esse som que pôs em polvorosa todos os meus sentidos
Me fez finalmente aos poucos com tristeza acordar
E aquele grito de prazer que pensei de mim ter saído
Foi o que fez eu finalmente do meu sonho acordar
E mais uma vez vejo que tenho me tornado uma presa
Desses meus sonhos sensuais e também enlouquecedor
Mas eu sei que essa chama do desejo manterei acesa
Só esperando o dia da realização desse louco amor
E quando esse dia finalmente chegar estarei desperta
Para cada momento nosso com lascívia desfrutar
E com certeza o tempo não encontrará nenhuma fresta
Para impedir a comunhão dos nossos corpos se realizar
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