segunda-feira, 11 de maio de 2015

NEM MESMO A MORTE



Ainda há pouco parei ante um espelho e vi
Uma lágrima cair mansamente pelo meu rosto
Meu semblante não tinha dor ou medo, eu senti
Era apenas um tímido gesto de fim dos desgostos

Minha alma repousa absolutamente quieta
Uma paz acanhada se aproxima meio receosa
Meu coração teimoso ao meu olhar empresta
Uma alegria jovial... Mais pareço uma criança teimosa
Mas não me animo... O medo do desgosto ressurge
Já que nunca consigo desse infeliz sentimento me livrar
E uma imensa vontade de sentir-me amada e feliz urge
É o forte desejo de voltar a sorrir com a alma a imperar
Eu hoje comecei a me sentir assim... Viva e forte
Que predomine o anseio de horas sem tédio ou dor
Talvez por isso eu nada receio... E nem mesmo a morte
Será capaz de assustar-me ou mesmo por fim a este amor

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