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Debruçada sobre o parapeito da vida observo o mundo à minha volta... Eu sei que nunca consegui ser realmente feliz, me sentir realmente assim... Feliz. Muitos que me conhecem (externamente) sequer conseguem imaginar o que se passa em meu interior. Mas eu, aos poucos ainda consigo vislumbrar uma réstia de esperança num horizonte que se estende diante do meu olhar... Olhar outrora, tão radiante, tão sensual e encantador.
A maturidade chegou de maneira suave... Mas chegou e apenas para me lembrar que o tempo passou e quase nem percebi, tão absorta estava num mundo de fantasias e ilusões. Diante do espelho da vida, ainda vejo nos refolhos do meu olhar, dantes sonhador, a opacidade de dias tristes, de desilusões desfeitas, de sonhos perdidos.
O toque do telefone me tira desses momentos de saudosa reflexão. Do outro lado, ouço a voz do tempo, que, sem titubear me traz de volta para uma realidade imposta, sofrida e esmagadora.
Bem sei que outros dias virão, onde mais uma vez deixarei me levar pela saudade de cada momento não vivido, mas sonhado e
com tal intensidade que me fizeram vivê-los, mesmo sem nunca terem acontecido... Mas foram momentos que muito embora tenham sido interrompidos pelo destino, nunca foram nem serão jamais esquecidos.
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