sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sonhe...




Nem sempre é fácil sonhar quando se quer
E ainda corremos o risco de virar pesadelo
Como aconteceu quando despertei a mulher
Fazendo desse momento o meu mundo inteiro

brincaste com os meus sentimentos
Dizes que só querias me ajudar
Mas não percebeste que naquele momento
Em algo profundo poderia se transformar

Foste tão amigo e bem mais companheiro
Me tirando de um mundo completo de horror
Te fiz o meu tudo, o meu grande escudeiro
Ignorando o que poderia advir... A dor

Hoje me mandas sonhar... Como poderei?
Se o meu sonho se esvai na tua ausência
Um dia, quem sabe? com o tempo conseguirei
Primeiramente aceitar as coisas com paciência

E esperar que o sonho em realidade se transforme
E eu possa finalmente, mitigar esta saudade
Que insiste em deixar minha alma disforme
Diante de mais essa covarde e cruel maldade

Um comentário:

Marco Antonio de Alvarenga disse...

É amiga, a saudade bate forte,
Mas bem sabes que podes vê-lo,
E quando se perde pra morte?
Nem ao menos um pesadelo...

Em vida sentimos a ausência,
Daqueles que nos deixaram saudades,
E hoje pedimos clemência,
Pra quem nos tratou com maldade.

E na calada da noite,
Nos passam cenas de horror,
Levando uma surra de açoite,
De quem nos chamou de amor...


Marco Antonio de Alvarenga