domingo, 29 de abril de 2012

MEU ÚNICO RECEIO



Há um vento bastante inquietante dentro de mim 
Bem diferente deste que insiste em me acariciar
Talvez seja por isso que eu hoje aqui vim 
Para mostrar essa saudade que insiste em ficar


O ar está impregnado desse teu cheiro, imaginário 
Na pele sinto as lascivas carícias que não morreu 
E no meu quarto na penumbra posso antever o cenário 
Que nos fará viver dessa vez tudo o que não aconteceu 


Por enquanto tenho a alma em profundo e doloroso torpor 
Ela já não acredita que este amor iremos finalmente viver 
Pois ela continua presa nas lembranças desse nosso amor 
E que eu insisto em buscar um jeito pra nunca o esquecer 


No silencio das madrugadas ainda consigo ouvir 
O meu coração que pulsa ao lembar do que dizias 
E por mais que eu queira sei que não devo insistir 
Em ocultar todo o bem que a mim sempre fazias

E agora que já não mais te tenho como sempre desejei 
Que provavelmente dos teus pensamentos não faço parte 
Hoje a solidão em mim fez morada, e eu não a busquei 
E meu maior receio é  pensar que de mim  te cansaste


E nessa incerteza vou tentando seguir em frente
Sempre esperando vê-lo finalmente pra mim voltar
Já que me falaste que nunca serei pra ti indiferente
Estarei pacientemente na expectativa de vê-lo chegar

Um comentário:

Sandra Gonçalves disse...

Ah como é dificil nos desvencilhar de um grande amor...
Lido poema. Bjos achocolatados