sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

INQUIETANTE ESPERA


E ainda agora, estando a flutuar em desejos
Me perco pelas sombras do que não me deste
Anseio nas madrugadas pelos teus beijos
E por cada carícia que em meu corpo não fizeste
Tentei de uma maneira quase sem igual
Te arrancar da minha vida de qualquer jeito
Mas percebei ser em vão e até mesmo anormal
Já que não consigo te tirar de vez do meu peito
Hoje, em muitas vezes o sinto um sonho distante
E que mesmo desnorteada ainda tento abraçar
E por mais que eu não queira vejo como é diferente
Quando entre duas pessoas algo precisa acabar
Meu desejo quase desgastado, já adormeceu
Na mansidão dessa minha inquietante espera
E por mais que eu o sufoquei, ele resistiu, não morreu
Como uma lembrança insólita dessa minha quimera
Agora, pela vida á fora eu vivo tão somente a fingir
E nem sei se também tu não estás a fazer igual
De nós dois quem será então o ganhador nesse existir?
Se eu não sei quem és, e tu não sabes quem eu sou afinal...

Um comentário:

SOL da Esteva disse...

Excelente retrato:

"[...]pela vida fora eu finjo o que não sou
E é provável que também até finjas quem não és [...]

Mas, inquietante é não sabermos se o Amor é real, ou apenas sonho.
Amei.


Beijos


SOL