domingo, 16 de abril de 2017

ESTAÇÕES DO MEU EXISTIR


Nada mesmo do que penso ou faço
É capaz de mudar essa triste situação
Mas se até mesmo o calor de um abraço
Já não chega nem mesmo como consolação

Há tanta frieza e descaso ao meu redor
Que minha alma gélida e arredia se encolhe
As vezes até penso que seria bem melhor
Se a morte , por sorte, a minha vida escolhe

Há tanta tristeza e dissabor dentro de mim
E por mais que eu tente nada consigo desfazer
As vezes até penso que seja mesmo este meu fim
Pois bem sei que não foi à toa que esqueci de viver

Cresci pensado que a vida era um mundo de cores
Mas cedo descobri quão engano havia em meu pensar
Desde o início da primavera me vi coberta de dores
E no outono da vida percebi como era difícil recomeçar

Muitos verões por mim passaram e se foram que nem notei 
O outono da minha vida se fez rude e sem qualquer frescor
No inverno da minha existência a frieza que havia não abortei
E em plena primavera da minha vida perdi o mais belo, o amor



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