terça-feira, 3 de março de 2009
Uma Lenta Agonia
À TABU, em 29 de janeiro de 1999
Foi uma surpresa! Os dias que se passavam
não mostravam a real situação.
O mal se ía agravando,
O sorriso dantes descontraído
Tornara-se trêmulo e desconfiado.
Até mesmo a natureza
Parece sentir o perigo no ar.
Ela deixa o ambiente com aparência
De abandono.
A poeira tem sido implacável,
Como a dizer:
- Eis aí a minha contribuição...
O crepúsculo das tardes melancólicas
Deixa um amargo sabor de nostalgia.
Já não há beleza definida,
Apenas ansiedade perante o momento crucial
Que está por vir.
No ar paira a sensação angustiante
De um inevitável fim...
Tem sido lenta e triste a agonia que
Inexorável desaba sobre ela.
Os dedos ventosos da natureza
Desliza suavemente sobre seu corpo frio.
A tarde morre lentamente, dando vida
A uma noite calma.
A paisagem bucólica retrata dias passados,
Onde o brilho de cada final parecia
Perpetuar num longo som,
Onde se conotava vida na morte.
Mas estranhamente
O ruído que sai de tuas entranhas
Tem um triste lamento...
A esperança parece definhar nesse teu
Soluço desesperado, em busca de socorro.
O grito que parece ecoar na noite
Leva consigo o desespero dos corações aflitos
Que pulsam angustiados pelo teu sofrimento.
Tua morte seria a nossa queda.
Precisas erguer-te, é necessário refazer-te
Para nos amparar em nossa caminhada...
teu sopro de vida está nessas frias paredes,
Nessa gélidas ferragens
Que durante tantos anos tem aquecido
Nosso espírito batalhador...
O roçar do vento sobre teu eu, te convida
A um novo despertar. És imponente
E não será um vendaval
Que te fará cair por terra.
És guerreira nata e a vitória brilha sobre ti.
Não fujas da luta... Tua dor é constante,
Mas não eterna. Levas ainda
Esperança aos corações desenganados.
Tua agonia tem sido grande,
Porém maior é a tua garra...
Irás vencer! Força Tabu! Coragem!...
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