Olhando a vida que se esvai
E o corpo já dando sinais de enfado
Penso em tudo que da mente não sai
E deixo aflorar um riso de puro cansaço
Tanto tempo se passou e nem despertei
As fortes amarras ainda me abraçam tristes
Ate parece que para a vida eu nunca acordei
Deixei-me acorrentar pelos momentos infelizes
Há muito que parece morta a minha alma
E nada mais de fato parece me importar
Muito pouco no meu entender me acalma
Só o eu menina parece não me abandonar
O que fazer diante desse tédio tão angustiante
Que faz transbordar de tristezas o meu ser
Uma dor insuportável e cada vez mais gritante
Me mostra que pouco fiz para de fato viver
E a minha longa jornada do fim já se avizinha
E esse meu cansaço faz questão de me mostrar
Que a peralta menina em meus braços se aninha
Pois na minha alma sempre fez questão de morar
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