quinta-feira, 3 de março de 2016
QUEM SOU?
Serei uma lembrança triste e perdida
Vagando num pensamento qualquer?
Talvez, quem sabe um sonho em ruínas
No corpo decadente de uma infeliz mulher
Ou ainda um espírito em puro desalinho
Que paira na angústia desse meu mísero ser
Ou quem sabe a curva de um longo caminho
Que estagnou nos sentimentos de um você
Mas ainda poderia ser um alto grito calado
Que se perdeu num estertor de pura magia
Ou mesmo esse sentimento tão sufocado
Entre os ecos desordenados de falsa alegria
Mas o que sinto na verdade do que sou
São esses gritos presos numa garganta rouca
Que tentou, e não foi em vão vencer o amor
Que um dia nasceu dessa tua falsa boca...
De um coração, talvez, miserável e mesquinho
Que em meu mundo sem pressa se achegou
Sou o resto de falsas esperanças que em meu caminho
Um dia, sorrateiramente em meu coração aportou
Mas eu sei que sou, e essa é a mais pura verdade
As sobras de um tudo que um dia pensei viver
Sou... E bem sei que sou, o tudo que a minha idade
Me permitiu sonhar, num louco sonho... Com você
Sou também os vestígios do que veio e não ficou
Das experiências que a vida me trouxe num pesar
Sou a névoa baça do que poderia ter sido só amor
Sou talvez a esperança do que um dia possa chegar
Sou também o brilho apagado de uma pequena estrela
Que lutou sozinha sem nunca pensar em desistir
Sou um pouco mais... A esperança que insiste e chega
De antes do fechar dos olhos, ter na vida um novo porvir
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