domingo, 30 de dezembro de 2012
APENAS EM MINHAS QUIMERAS
Mais uma vez estou me sentindo muito inquieta
Minha alma chora, enquantos meus lábios estão a sorrir
Meu pensamento tumultuado já não me desperta
Como alienada, sentimentos contraditórios volto a sentir...
E meu corpo tão cansado parece não querer entender
Da mesma forma que eu também já não consigo...
Embora eu saiba que tudo isso é a grande falta de você
Pois eu estava vivendo um grande momento... Meu amigo
Se soubesses dos dias de tristezas e tardes modorrentas
Que parecem me asfixiar, embora sem nenhuma pretensão
Talvez assim eu perceba que não trago a alma pachorrenta
Nem esqueço como dói essa saudade que invade meu coração
O ano está findando... Mas pra mim há algum tempo teve fim
Nem mesmo sinto o palpitar da bela e perfumosa primavera
Eu sinto como se apenas o outono existisse para mim...
Beleza? doçura? Talvez quem sabe... Apens em minhas quimeras!
DA JANELA DA MINHA ALMA
As estradas da minha vida
São cheias de brilho e cores
Nelas as alegrias são sentidas
De forma plena e sem dores.
Da janela da minha alma contemplo
Uma imensidão de campo florido
E o melhor de mim acode meu senso
E sinto saudades dos
meus amigos
E nesse percurso tão belo e tão meu
Me lanço à vida sem medos e receios
E sorrio ante o meu encantador apogeu
Daquele momento que ainda não veio
Nem sei se existe um momento certo
Embora o meu caminhar me pareça perfeito
Pois mesmo fingindo...
Ainda empresto
Um toque de mistério a esse meu jeito
Agora... A janela da minha alma se fecha
E olhando para dentro de mim eu percebo
Que querer ou sonhar apenas me deixa
Ver diante de um espelho os meus medos
Pois é bem outra a
minha realidade
São poucos os motivos para viver a sorrir
E não por causa da minha idade
É por ver tanta maldade existir
Ser feliz me parece
mais um mito
Não importa qual seja
a condição
Não devo ser feliz apenas porque existo
Pra se sentir feliz é preciso ter puro o coração
Como poderei me sentir bem ou feliz
Se ao meu lado só vejo desgraças e horror
Isso nunca foi o que eu mais desejei ou quis
Eu só queria ver entre nós um pouco de amor
Ser de fato feliz é algo que não consigo
Sempre haverá um olhar de tristeza ou dor
Que sempre me acompanhará... E ainda digo
Que a quantidade de espinhos é mais do que de flor
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
ERA O NOSSO MUNDO
Mais um dia se passou
E mais uma noite também
E as lembranças que me atordoam
Levam meus pensamentos além
São tantas coisas perdidas
Que encerravam uma vida
Mesmo que fossem atrevidas
Mas era o nosso mundo meu bem.
E quando a melancolia me chega
As lembranças parecem me enlouquecer
Pois até mesmo na brisa que sopra
Meu corpo trêmulo vais buscando você
E nessas muitas recordações atordoantes
Outros momentos bem mais aconchegantes
Insiste em me mostrar que o meu antes
Foi menos importante... Não existias em meu viver
E assim me sinto levada por tudo
Que um dia pudemos sentir
Os sentimentos em mim, por você valorizei
E isso bem antes de você partir
Pois a vida sem permissão deixou-me sem ar
Levando-o de mim, vi meu novo mundo acabar
Através das lágrimas que caem, o vejo chegar
Mas é apenas a minha vontade de tê-lo aqui
Nesses sonhos que me entorpecem, nada faz sentido
Já que você se foi, mas não por sua vontade
A vida assim decidiu, pondo em tudo um fim
Se cobriu de flores nossa bela amizade
O mais doloroso é que nunca mais poderei lhe ouvir
Só mesmo em pensamentos ainda voltarei a lhe sentir
E continuar lembrando-o sempre nesse meu triste existir
Buscando-o sempre dentro da minha melhor saudade
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
OLHANDO A VIDA
Pensando na mulher amarga que eu me tornei
Descobri desolada que grande culpa me coube
Pois inconscientemente toda essa desgraça busquei
É que por mais que eu tentasse...Amar-te eu nunca soube
Eu sempre estive presa num tempo que como louca amei
Atraída por sonhos que não passavam de pesadelos
A vida me presenteou com um amor que não enxerguei
E assim fui transformando minha vida em rudes desvelos
Como uma cega amei o que não mais me pertencia
Se é realmente que esse amor um dia foi meu
Fiz do meu viver uma grande e miserável agonia
Esquecendo que na minha vida existe um Deus
Hoje, sem querer, duas músicas me vieram à mente
Os brutos também amam e O cheiro da maçã
E foi então que percebi, com certeza muito tardiamente
Que também te fiz infeliz nesse meu despropositado afã
Nunca reparei nas letras dessa músicas por ti tão citadas
Ao trabalho eu não me dava de pensar no que não queria
Em teu ciúme te fechaste e com a alma doente e mui calada
Mergulhasse numa existência que não passava de fantasias
Décadas se passaram e muitas coisas na marra eu aprendi
Porém, elas não foram o bastante pra me fazerem entender
Que tudo que na vida eu passei e inevitavelmente vivi
Talvez tivesse sido diferente se eu não tivesse medo de você
Por todo o esse tempo perdido, nada mais há para ser feito
Lamentá-los... Com certeza em nada mesmo vai me ajudar
Hoje nossa convivência é quase perfeita, pois existe respeito
Amizade, companheirismo e bom senso pra tudo ponderar
Olhando a vida, percebi que ela por mim passava e eu sem viver
Agora vou tentar consertar isso com a chegada de outra geração
Quanto a nós dois, vencemos grandes dificuldades, o que me faz ver
Que por tudo há esperanças, se ainda temos algum amor no coração
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