Hoje estou sentindo uma nostalgia imensa
Dessas que a alma sem nenhum engano faz bem
Só que ela não consegue trazer para mim alegria
Apenas uma saudade que nem sei de onde ela provem
Saudades dos meus tempos felizes de criança
Onde tudo se transformava num mar de esperanças
Mas que hoje me machucam essas inocentes lembranças
Mas foram sem dúvidas momentos felizes também
Ah! que saudades do meu pai... Homem íntegro e durão
Ao seu modo me amava e tão bem ele sabia me demonstrar
Era as vezes um pouco grosso, rude eu ate me arrisco dizer
Mas tinha um cuidado para que nada pudesse me machucar
Ai que saudades daquele homem simples, espetacular para mim
Podias ser bruto mas com carinho transmitias muito amor, enfim
Um zelo e cuidados tão gostosos, que pareciam nunca teriam fim
Mas você se foi e só as lembranças ficaram para me fazer chorar
E você tão cedo me deixou... Quanta tristeza e amargura a me corroer
Eu era tão pequena, mas eu nunca consegui da memoria te tirar
Eras meu porto seguro, minha força, na verdade eras o meu meu tudo
E quando ainda de madrugada tu me acordavas... Como dói lembrar
E me levavas para a vacaria ver a ordenha das vacas e sem nada dizer
Tu a me observar, pegavas uma caneca de leite, e me davas para beber
Eu te olhava sorrindo... Sem nada perguntar tão pouco sem nada entender
Até hoje sinto teu aconchego singelo, como a dizer: Amo você...E me beijar